Não é segredo para o investidor de criptomoedas que o grande destaque do mês de julho foi o XRP. A altcoin teve um dos melhores desempenhos do top 10 com a vitória da Ripple sobre a SEC dos Estados Unidos.
O otimismo em torno desse caso fez com que diversas altcoins passassem por um aumento considerável, apenas para corrigirem depois. Afinal, não havia base sólida para tanto crescimento com volumes baixos de negociação e baixa liquidez nas exchanges de criptomoedas.
Mas não podemos deixar de destacar que no top 10, o Ethereum (ETH) também chamou a atenção. Isso porque o ETH conseguiu vencer a barreira de US$2.000, mesmo que por poucas horas. No momento da escrita do artigo, a altcoin é negociada a US$1.843.
Diante dessas movimentações de preço do Ethereum, Markus Thielen, chefe de pesquisa da Matrixport, compartilhou sua avaliação sobre o assunto. Segundo ele, as receitas provenientes da plataforma de contratos inteligentes têm diminuído, indicando uma potencial queda para a criptomoeda.
Em entrevista à Coindesk, Thielen destacou que o preço atual do Ethereum parece estar supervalorizado quando comparado com a queda nas receitas. Ao analisar o histórico de receitas do ETH, ele observou que a receita média mensal atual é de cerca de US$178 milhões, representando uma queda de 364% em relação ao pico de US$826 milhões registrado durante os dias de mercado em alta em 2021.
Segundo o especialista, isso ocorre porque o rendimento médio do staking do ETH, que é de 4,98%, está abaixo das taxas de juros de referência dos Estados Unidos, atualmente entre 5,25% e 5,5%.
Com base nessa abordagem quantitativa, Thielen sugere que o valor justo do Ethereum deveria estar próximo de US$1.000, ou seja, uma queda de mais de 40% em relação aos preços atuais da altcoin.
