A mineração de criptomoedas, especialmente a do Bitcoin (BTC), tem sido alvo de crescente pressão devido aos impactos ambientais causados por esse processo. Apesar dos esforços das mineradoras de buscar formas menos poluentes de mineração, ativistas continuam lutando contra essa atividade.
Para exemplificar, recentemente, dois grupos ambientalistas entraram com uma ação judicial contra agências do estado de Nova York. O movimento veio como resultado da aprovação de uma operação de mineração de criptomoedas utilizando combustíveis fósseis na usina de Fortistar.
Essa operação usa o algoritmo Proof-of-Work (PoW). A mesma tem preocupado os defensores do meio ambiente devido aos impactos da queima de combustíveis fósseis que resultam da atividade de criar e validar transações de Bitcoin.
De acordo com a ação, a aprovação do NYPSC viola a Lei de Liderança Climática e Proteção Comunitária (CLCPA) de 2019.
Segundo os documentos judiciais, ausina de mineração de Bitcoin operaria ininterruptamente, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Isso resultaria em uma produção de emissões de gases de efeito estufa até 3.000% maior.
“O PSC está falhando em seu papel como órgão regulador para proteger a saúde pública e cumprir os requisitos da Lei de Liderança Climática e Proteção Comunitária. A Clean Air continuará lutando contra a queima de combustíveis fósseis para gerar energia para a mineração de criptomoedas, especialmente em áreas residenciais como North Tonawanda”, disse Chris Murawski, Diretor Executivo da Clean Air Coalition.
Mineração de Bitcoin e o impacto no meio ambiente
Além das emissões de gases de efeito estufa causadas pela operação de mineração de criptomoedas, os autores da ação judicial argumentam que as comunidades próximas à usina também foram significativamente afetadas.
Sendo assim, essas comunidades são consideradas desfavorecidas devido aos impactos negativos na saúde e meio ambiente causados pela mineração feita pela usina.
“A lei climática histórica de Nova York significa que as agências não podem ignorar as consequências climáticas e de justiça ambiental de suas decisões”, declarou Dror Ladin, advogado sênior da Earthjustice.