De acordo com o presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, a nação brasileira pode se preparar para o lançamento da moeda digital da instituição que deve chegar em 2024. Neto falou sobre a chegada do CBDC na entrevista coletiva que forneceu ao site Poder360.
“Se a gente entende que, no final das contas, os ativos vão ser ‘tokenizados’ e, olhando o balanço dos bancos, ativos e passivos podem se transformar em ‘token’, a gente vai precisar de uma moeda para fazer frente a esse novo sistema de interação”, disse Neto.
O presidente do BC informou que o banco irá fazer um piloto da moeda digital. Além disso, antes da implementação do CBDC, o programa será feito em conjunto com várias instituições.
Benefícios do CBDC brasileiro
Neto também comentou sobre os pontos positivos da implementação da moeda digital brasileira. Só para exemplificar, um dos fatores destacados foi o benefício de como os ativos digitais podem impulsionar a participação de indivíduos no universo bancarizado.
“Acho que esse sistema digitalizado, integralizado, integrado, com inclusão, vai ajudar muito no desenvolvimento e inclusão das pessoas no mundo financeiro”.
O passo dado pela nação brasileira colocará o Brasil ao lado de Bahamas, Nigéria, Jamaica e Caribe Oriental, lugares que já possuem um CBDC.
Segundo o presidente do BC, a autarquia pretende se desviar da tendência de “expulsão do mundo digital” que vem sendo vista em alguns países. Algumas nações buscam proibir bancos de ter custódia de ativos digitais.
O economista brasileiro também declarou que os pagamentos transfronteiriços podem melhorar com um real digital, mas destacou que a internacionalização do Pix também poderia desempenhar essa função.
Sobre a internacionalização do Pix, mais notícias devem ser liberadas em 2023.
“Maior inclusão, menor custo, intermediação, concorrência com barreiras de entrada reduzidas, eficiência no controle de riscos, monetização de dados, tokenização completa de ativos financeiros e contratos. É isso que vemos nessa economia digital no Brasil”.