Em 2023, o mercado de criptomoedas foi alvo de crescentes escrutínios, especialmente por parte da Senadora norte-americana Elizabeth Warren, que expressa preocupação com o potencial uso desses ativos para atividades ilícitas.
A política aponta o dedo não apenas para as próprias criptos, mas também para a presença de ex-militares, funcionários públicos e ex-congressistas em organizações ligadas ao universo blockchain. Para Warren, isso configura uma perigosa “porta giratória”, colocando em risco a segurança nacional e os esforços para coibir o financiamento do terrorismo.
Do outro lado do ringue, representantes da indústria, como Kristin Smith, CEO da Blockchain Association, rebatem as acusações.
Smith argumenta que ex-militares e policiais, na realidade, colaboram estreitamente com órgãos de segurança para combater atividades ilícitas, ao invés de apoiá-las.
No epicentro da controvérsia está o “Bitcoin Ban Bill” proposto por Warren, também conhecido como Digital Asset Anti-Money Laundering Act. O que causou frisson na praça foi a revelação por parte do co-patrocinador da lei, o Senador Roger Marshall, de que banqueiros tiveram papel ativo na sua redação.
Esta confissão escancarou a influência de instituições financeiras tradicionais no projeto de lei, gerando suspeitas sobre sua imparcialidade. Será que o objetivo primário é mesmo combater o crime ou proteger o status atual do sistema bancário diante da ameaça crescente das criptomoedas?