O bitcoin (BTC) chamou a atenção na semana passada por ultrapassar a marca de US$30.000. No entanto, isso não significa que a volatilidade tenha deixado o mercado da criptomoeda primária. Sendo assim, os investidores da cripto devem ficar atentos a quatro datas críticas ao longo do ano que podem exercer pressão adicional de venda sobre o BTC.
A CryptoQuant destacou os dias 26 de maio, 7 de agosto, 19 de outubro e 30 de dezembro como momentos importantes. Afinal, nelas o governo dos Estados Unidos pode vender suas participações em bitcoin.
O governo norte-americano já confirmou a venda de 9.800 BTC em março deste ano, provenientes do caso Silk Road, e planeja vender mais 41.500 BTC ao longo do ano em quatro lotes.
A análise da CryptoQuant sugere que o intervalo de 73 dias entre a venda do primeiro lote e a próxima data crucial indica um possível padrão na estratégia de liquidação do governo. Contudo, ainda não se sabe se esse padrão persistirá ou será apenas uma coincidência.
Apesar disso, a diluição do bitcoin nas mãos de investidores varejistas pode ser uma vantagem, especialmente quando o Estado é a baleia que está vendendo suas participações.
Além disso, até o momento, os traders não têm mostrado um comportamento pessimista em relação às vendas do governo dos Estados Unidos. Para exemplificar, há mais opções de compra do que de venda nas exchanges de criptomoedas, segundo dados da Glassnode.
De onde vieram os bitcoins do governo dos Estados Unidos?
O governo dos EUA adquiriu parte de sua participação em BTC através de três casos.
O primeiro deles foi o escândalo Mt.Gox, que foi uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo antes de declarar falência em 2014 após a perda de cerca de 850.000 BTC de seus usuários. O segundo caso foi o hack da Bitfinex em 2016, no qual mais de 120.000 BTC foram roubados.
Já a última quantidade significativa de BTC foi apreendida de James Zhong, um cidadão chinês que foi acusado de fraude eletrônica relacionada ao roubo de mais de 50.000 bitcoins do mercado Silk Road em 2012.
