O professor de Filosofia e Humanidades do Reed College, Troy Cross, entrou em cena para responder às críticas do Greenpeace sobre o suposto impacto ambiental do Bitcoin (BTC). Como conselheiro de várias organizações relacionadas ao BTC e à energia, a postagem de Cross não apenas defendeu a criptomoeda primária, mas também revelou falhas na abordagem da organização.
Lyn Alden, uma destacada voz no mundo das finanças e economia, não poupou elogios à abordagem de Cross, chamando sua postagem de “educadamente brutal” e elogiando a “selvageria construtiva” de suas palavras. Alden não estava sozinha em sua avaliação; Jamie Coutts, da Bloomberg Intelligence, classificou a resposta de Cross como “extremamente articulada” e impactante.
Uma análise abrangente e detalhada
Na análise completa de Cross, ele abordou várias alegações feitas pelo Greenpeace. Começou questionando a verdadeira intenção da organização em compreender e modificar o código do Bitcoin, apontando para sua falta de envolvimento com especialistas e a ausência de colaboração com figuras ecologicamente conscientes dentro da comunidade da criptomoeda.
“O Greenpeace EUA não demonstrou interesse real em modificar o código do Bitcoin. Caso contrário, teriam contratado alguém para explorar as opções técnicas… Nem se envolveram com o conteúdo do relatório da KPMG que rejeitam casualmente”, destacou Cross.
Além disso, Cross chamou a atenção para o suposto desconhecimento do Greenpeace em relação à dinâmica energética do BTC, como o potencial da mitigação do metano em campos petrolíferos e aterros, bem como o conceito de “agnosticismo de localização” no contexto de um sistema energético limitado pelas capacidades de transmissão.
Ele também ressaltou o potencial do Bitcoin para aproveitar a eletricidade global mais barata.
Uma das críticas mais fortes de Cross foi direcionada ao modus operandi do Greenpeace. Ele argumentou: “O que eles fizeram? Apenas criticaram os defensores do Bitcoin. A vergonha é sua única ferramenta”.
Cross foi além, insinuando que o Greenpeace poderia estar promovendo uma agenda que beneficia determinados doadores, em vez de focar no genuíno ativismo ambiental. Sendo assim, ele sugeriu que seu verdadeiro motivo parece estar mais alinhado com a criação de riscos de reputação para os entusiastas do BTC e a promoção de legislação anti-Bitcoin.
Bitcoiners defendem seu território
Cross também traçou paralelos com o setor de energia nuclear, destacando como ambos foram inicialmente mal compreendidos como tecnologias emergentes. No entanto, ele enfatizou a distinção do Bitcoin, descrevendo-o como um movimento liderado pelo povo, com dezenas de milhares de apoiadores bem informados. “A energia nuclear não era um movimento popular. O Bitcoin é. Há dezenas de milhares de nós que são educados… E estamos defendendo o território nacional”.
Encerrando sua análise, Cross apontou para as inovações na mineração de Bitcoin e ridicularizou previsões alarmistas anteriores. Ele mencionou a manchete errônea da Newsweek/WEF em 2017, que afirmava que o Bitcoin consumiria toda a energia do mundo até 2020. Com confiança, ele proclamou: “Vamos vencer”.