Apesar de a adoção do Bitcoin (BTC) e demais criptomoedas não ter crescido tanto na Argentina, a situação econômica do país favorece demais esse desenvolvimento. Quem enxerga isso é Javier Milei, um dos principais candidatos presidenciais argentinos.
De acordo com Milei, o Bitcoin é uma excelente forma de proteção, pois impede que os políticos roubem os cidadãos. O economista disse em uma entrevista quando questionado sobre a criptomoeda primária que “a primeira coisa que temos que entender é que o banco central é uma farsa”.
Milei enxerga o banco central como um mecanismo pelo qual os políticos enganam os cidadãos através de impostos inflacionários. Além disso, ele declarou que o dinheiro de papel é uma invenção privada introduzida pelos bancos centrais para resolver os problemas na economia de troca.
Ao contrário disso tudo está o BTC. A criptomoeda, na visão do candidato, é o retorno do dinheiro ao seu criador original, ou seja, o setor privado.
A revolução do Bitcoin
Conforme observado por Milei, o grande problema que o papel-moeda conseguiu resolver foi o dilema da portabilidade. Afinal, ficar andando com ouro por aí não é nada conveniente. Antes disso, quando acontecia o escambo com outras formas de valores, como linho, trigo e sal, o problema era ainda pior.
A divisibilidade do dinheiro entrava em questão. Como pagar uma certa quantia por um produto com sal? De fato, uma tarefa bem difícil, pois essas especiarias não eram tão divisíveis assim como o dinheiro e acabavam dificultando as pequenas transações.
O dilema com o papel-moeda começou quando o governo decidiu se envolver nessa forma de pagamento. Milei enfatizou que a introdução do curso legal permite que os políticos enganem as pessoas através da inflação.
Contudo, a invenção de Satoshi Nakamoto veio para mudar esse cenário e competir diretamente com as moedas emitidas pelo Estado. Segundo o político, os governos não querem aceitar o Bitcoin porque ele não iria mais permitir que o dinheiro das pessoas fosse roubado através da inflação.
Nesse sentido, uma das grandes propostas de Milei é que o banco central seja fechado e o setor privado volte a ter controle de seu dinheiro.
