O uso de criptomoedas como alternativa em momentos de instabilidade financeira tem sido um tema cada vez mais discutido no mundo todo. Ainda que algumas pessoas tenham receio de investir em ativos digitais, defensores das criptos argumentam que elas podem ser uma proteção contra crises econômicas.
Além disso, as criptomoedas oferecem anonimato e segurança, o que pode ser um atrativo para quem busca proteger seus bens e informações financeiras em momentos de instabilidade. Entre os defensores dessa indústria está Robert Kennedy, candidato à presidência dos Estados Unidos, que defende a ideia de que as criptos operam em uma rede descentralizada, tornando-as menos vulneráveis à volatilidade do mercado e às políticas governamentais.
Kennedy sugere que o Bitcoin pode ser uma alternativa ao sistema financeiro tradicional, que é caracterizado por controle e regulação centralizados, tornando-o vulnerável a fatores como inflação, volatilidade do mercado e políticas governamentais. O candidato à presidência também destacou suas preocupações sobre as políticas monetárias do Federal Reserve (Fed) e sua relação com os grandes bancos.
Segundo Kennedy, o suposto “conluio” do Fed com grandes bancos levou à impressão de US$10 trilhões em riqueza nos últimos 15 anos, beneficiando principalmente os chamados “banqueiros” às custas do público. Nesse sentido, ele argumenta que a natureza descentralizada do Bitcoin pode fornecer uma rota de fuga para o público dos perigos das atitudes do banco central dos EUA.
EUA vs Criptomoedas
No entanto, enquanto Kennedy vê o Bitcoin como uma proteção contra a instabilidade financeira, o governo dos EUA parece mais inclinado a reprimir a indústria das criptomoedas. Para exemplificar, ele pretende lançar o FedNow, um sistema de pagamento em tempo real suportado por uma versão de uma moeda digital do banco central (CBDC), o que pode indicar um esforço para consolidar o controle sobre as finanças digitais.
Além disso, vimos no primeiro trimestre de 2023 o empenho de reguladores, como SEC e CFTC, atacando empresas da indústria blockchain e até o modelo de funcionamento das criptomoedas. A Binance, por exemplo, enfrentou um escrutínio muito grande de reguladores que decidiram classificar sua stablecoin, BUSD, como um título não registrado. Como resultado, a Coinbase, que é a principal exchange de criptomoedas dos Estados Unidos, decidiu excluir o ativo estável de sua plataforma.