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Cardano: prós e contras da implementação de KYC na rede da ADA

A Cardano (ADA) é uma das criptomoedas mais notáveis no mercado, evidenciado por seu aumento de popularidade nos últimos anos. A altcoin é frequentemente polarizadora, alguns a amam, outros a odeiam, mas, independentemente disso, ela sempre recebe grande atenção e destaque na mídia.

Uma boa parte dessa popularidade vem do fundador da ADA, Charles Hoskinson. Com suas falas polêmicas sobre assuntos dentro e fora do mercado cripto, o empresário também está em evidência. Recentemente, ele foi notícia ao se envolver em um debate no Twitter sobre adicionar ou não o processo de Know Your Customer (KYC) na primeira camada do blockchain Cardano. 

O que é KYC?

KYC é uma prática de verificação de identidade utilizada no mercado de criptomoedas e em outros setores financeiros, com o objetivo de evitar a lavagem de dinheiro, o financiamento do terrorismo e outras atividades ilegais. Ela envolve a coleta de informações pessoais e financeiras do cliente, como nome, endereço, data de nascimento, ocupação, fonte de renda, e outros dados relevantes, além de documentos de identificação, como passaporte ou carteira de identidade.

É válido destacar que a ideia de adicionar KYC na Cardano não é nova na cabeça de Hoskinson, pois ele já abordou essa ideia de processos contingentes pelo menos umas 10 vezes. Uma das metas da concorrente do Ethereum (ETH) é se tornar uma rede que mais pessoas possam utilizar no dia a dia e o executivo acredita que a prática de validação pode ajudar muito nesse passo. 

Quem concorda com Hoskinson é o engenheiro líder na SundaeSwap Labs. Calvin Koepke apontou que o processo é necessário para a adoção em massa da ADA. Uma criptomoeda com KYC pode ser um ativo que chama a atenção de reguladores de maneira positiva porque as autoridades acreditam que ele aumenta a segurança da plataforma e ajuda a garantir que as transações feitas são legítimas e não tenham origem em atividades ilegais. 

Mas isso seria bom?

Sem dúvida, seria algo que agradaria os reguladores, mas pode mexer com a ideia de descentralização da Cardano. Uma rede que tem o processo de KYC pode sofrer com censuras. Embora não tenha essa prática, a rede do Ethereum mostra um grande exemplo para gente. Isso porque transferências que ocorrem no blockchain da altcoin que não estão em conformidade com o Office of Foreign Assets Control (OFAC), agência pertencente ao Departamento de Tesouro dos Estados Unidos, acabam não sendo validadas. 

Na Cardano, caso o KYC seja aprovado, nada impede que isso também ocorra com pessoas que podem não estar fazendo atividade ilegais, mas que, por alguma razão, não se enquadram em requisitos de autoridades para fazer suas movimentações. Conforme observado por Alexander Monad, entusiasta da ADA, com um KYC, a criptomoeda deixa de ser verdadeiramente aberta. 

A defesa de Hoskinson

Hoskinson expressou sua frustração em relação à postura teimosa das pessoas sobre staking contingente, que foi anunciado para a Cardano na semana passada. A primeira interpretação comum que deve ser corrigida é a ideia de associar o staking contingente necessariamente ao KYC, pois são coisas diferentes.

Conforme observado pelo embaixador da Cardano no Brasil, Marcus Vinicius, o staking contingente é a possibilidade de estabelecer um consenso entre a staking pool (validadora) e o delegador (holder de ADA) antes que a delegação seja efetivada. É uma situação análoga a uma transação multi-assinada.

Para Hoskinson, uma das possibilidades de implementação do staking contingente passa por uma mudança nas regras contábeis da Cardano (ledger rules). Seria criado um certificado especial em que a delegação mudaria do estágio atual para um estágio onde ela funcionaria como uma transação multi-sig. 

Nesse sentido, a staking pool receberia um alerta dizendo “há uma delegação pendente”. Dentro deste certificado também existiria um protocolo de comunicação para que o delegador e a staking pool pudessem conversar. Neste momento, eles poderiam estabelecer qualquer regra para contratar ou não o relacionamento de staking, sendo uma das possibilidades o KYC.

“Acho que se a aposta contingente não fosse trazida para o contexto do KYC, ninguém teria se importado com isso. Por si só, não tem nada a ver com KYC. É uma adição de regra de razão que permite que você, como SPO, decida quais chaves de participação podem delegar ao seu pool. A liberdade vem de ambos os lados”.

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