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CEO da Coinbase: serviços de criptomoedas podem ser banidos pela SEC

De acordo com o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, a Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos pode estar avaliando a proibição de staking em criptomoedas para investidores de varejo. O empresário expressou sua preocupação quanto a isso em seu perfil no Twitter, dizendo que seria “um caminho terrível” para os EUA se isso acontecesse. Até o momento da escrita do artigo, a SEC não se pronunciou sobre esses rumores.

Conforme observado nos últimos meses, a SEC vem afirmando repetidamente que a maioria das criptos se qualifica como valores mobiliários. Sendo assim, elas devem estar sujeitas às suas regras. O presidente da SEC, Gary Gensler, também havia indicado anteriormente que o staking poderia cair sob sua alçada.

Em suma, o staking de criptomoedas envolve o processo de ganhar recompensas bloqueando criptos para validar transações em diferentes blockchains, como o Ethereum (ETH), por exemplo. Exchanges criptos como Coinbase e Kraken possuem produtos de staking para aumentar suas receitas, oferecendo-os a investidores de varejo sem requisitos especiais de hardware. 

No caso da principal altcoin do mercado, o valor mínimo de staking é de 32 ETH e ela oferece um rendimento de cerca de 6%. Como o valor para realizar o staking do Ethereum é alto, alguns investidores acabam preferindo utilizar empresas centralizadas, como plataformas de negociação cripto, que possibilitam depósitos inferiores para participar do modelo de consenso da plataforma de contratos inteligentes. 

Segundo Armstrong, o staking é uma inovação importante na indústria cripto, pois permite aos usuários participarem diretamente da execução de redes abertas. Além disso, ele enxerga que a modalidade traz muitas melhorias para o espaço, incluindo escalabilidade, segurança e pegadas de carbono reduzidas.

Coinbase e a SEC

Em agosto de 2022, a exchange cripto foi investigada pela SEC por oferecer serviços de staking na plataforma. Atualmente, a Coinbase é o segundo maior depositante de Ethereum, perdendo mercado apenas para a Lido Finance. Além disso, no mesmo ano, 

Nikhil Wahi, ex-gerente da Coinbase, seu irmão e um amigo foram acusados pela agência federal de conspiração e fraude eletrônica. 

De acordo com o Departamento de Justiça e o FBI, o trio tinha um esquema que usava informações confidenciais da plataforma de negociação de criptomoedas para obter vantagem no mercado.

Wahi, que era responsável por receber informações sobre as criptomoedas que seriam listadas na Coinbase, comprava os tokens antes de chegarem à plataforma, usando seu conhecimento privilegiado para obter uma vantagem financeira. Ele repetiu essa estratégia pelo menos 14 vezes, gerando lucros de cerca de US$900.000. A participação de seu amigo, Sameer Ramani, foi crucial para elevar o retorno total do esquema para US$1.5 milhão.

No entanto, em contraste com a posição de Nikhil, que admitiu sua culpa perante a juíza distrital dos EUA, Loretta Preska, Ishan Wahi e Sameer Ramani se declararam inocentes. Ishan foi preso em junho de 2022, enquanto Sameer, que ainda está foragido, é procurado pelas autoridades.

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