Conforme observado, 2022 não foi um dos melhores anos para a exchange cripto Coinbase e este ano também não começou bem. Logo após demitir funcionários e encerrar seus serviços no Japão, a empresa foi multada em US$3.6 milhões pelo banco central holandês (DNB).
De acordo com a instituição, a Coinbase não possui registro adequado para fornecer serviços de criptomoedas na Holanda. As autoridades afirmam que a plataforma de negociação cripto não cumpriu os regulamentos durante o período de novembro de 2020 a agosto de 2021, ao não se registrar primeiro no DNB.
Em 21 de maio de 2020, o banco central exigiu que as exchanges de criptomoedas e os provedores de serviços relacionados se registrassem junto ao órgão governamental para cumprir a regulamentação. Isso foi feito para prevenir a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, devido ao anonimato associado às transações de criptomoedas.
“A Coinbase desfrutou de uma vantagem competitiva na medida em que não pagou nenhuma taxa de supervisão ao DNB ou incorreu em outros custos relacionados às atividades regulares de supervisão do DNB”.
Além disso, o banco afirmou que a Coinbase não conseguiu relatar transações suspeitas à Unidade de Inteligência Financeira do país durante o período em que estava inadimplente. Sendo assim, pode ter permitido que as autoridades investigativas tenham perdido um número significativo de transações suspeitas durante esse período. A Coinbase agora tem tempo até 2 de março para apresentar um recurso ao banco central holandês sobre as penalidades propostas.
Holanda no mercado de criptomoedas
A Holanda tem uma postura relativamente favorável em relação às criptomoedas. O país tem sido um dos líderes na Europa em termos de regulamentação do setor, com o DNB tendo emitido regulamentos para as exchanges criptos no país desde 2018.
No entanto, o DNB nao deixa de alertar sobre os riscos de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo associados ao uso de criptomoedas e tem tomado medidas para garantir que as empresas dessa industria que o peram no país estejam registradas e cumpram as regulamentações apropriadas.
Já o diretor do banco, Klaas Knot, não tem uma postura tão favorável às criptomoedas e as enxerga como ativos que podem ser utilizados para fins ilícitos. Contudo, assim como outros banqueiros, o economista reconhece a utilidade da tecnologia blockchain, já que o próprio DNB está fazendo uso dela.