Na última quinta-feira (3) a Coinbase divulgou os relatórios de como foi seu terceiro trimestre. De fato, esse não foi um dos melhores meses para a exchange de criptomoedas, pois a receita da mesma ficou abaixo das expectativas dos analistas.
Conforme os dados apresentados, a receita da Coinbase caiu mais de 50% em relação ao ano anterior (2021). A queda do mercado cripto contribuiu para isso, tendo em vista que a atividade comercial da exchange diminuiu.
O cenário cripto sendo dominado pelos ursos resultou em uma perda de US$545 milhões. A título de comparação, no terceiro trimestre de 2021, a Coinbase teve um lucro de US$406 milhões.
“A receita de transações foi significativamente impactada por ventos contrários macroeconômicos e de mercado de criptomoedas mais fortes, bem como pelo volume de negócios que se desloca para o exterior”, informou a Coinbase na carta aos acionistas.
Coinbase e clientes
Sem dúvidas, o modelo de taxas da principal exchange cripto nos Estados Unidos contribuiu para isso. Afinal, 90% de sua receita vem do lucro das taxas que estão acima da média do mercado geral.
Com um cenário de queda, esse modelo sofre com investidores buscando plataformas mais baratas para suas negociações. Só para exemplificar, a Coinbase registrou 8,5 milhões de usuários de transações mensais (MTUs) durante o terceiro trimestre.
O número citado está abaixo dos 9 milhões no segundo trimestre e 9,2 milhões no primeiro trimestre.
As criptomoedas mais negociadas na plataforma são Ethereum (ETH) e bitcoin (BTC) com 33% e 31%, respectivamente.
Segundo a empresa, a receita das transações do terceiro trimestre teve um declínio de 44% em relação ao trimestre anterior. Por outro lado, a receita de assinaturas e serviços aumentou 43%, chegando a US$211 milhões.
Já a receita líquida do período caiu 28% em relação ao segundo trimestre de 2021.
A Coinbase afirma que os investidores varejo estão mudando para holding devido às condições macroeconômicas, o que tem influenciado a queda dos negócios.
Mas isso não significa que as coisas não podem piorar.
“Para 2023, estamos nos preparando com viés conservador e assumindo que os atuais ventos contrários macroeconômicos persistirão e possivelmente se intensificarão”.