O mercado de criptomoedas, embora tenha passado por uma leve recuperação no início de 2023, continua sentindo os contágios da exchange cripto FTX. Um dos principais nomes desse efeito cascata é a Genesis que entrou com pedido de falência na semana passada.
A empresa pertence ao Digital Currency Group (DCG), grupo antigo do mercado cripto que possui diversas companhias sob sua responsabilidade. Infelizmente, a Genesis não foi a única “filha” da DCG a enfrentar problemas. A exchange de criptomoedas Luno irá precisar demitir 35% da sua força de trabalho. Como justificativa, ela citou a turbulência atual da indústria.
Segundo os dados da CNBC, a mudança da empresa vai afetar mais de 300 funcionários. Um porta-voz da exchange cripto disse que as demissões abrangem principalmente o setor de marketing. Contudo, elas não devem ter um impacto considerável nas principais equipes operacionais e de conformidade da Luno.
O CEO da empresa, Marcus Swanepoel, argumentou que 2022 foi um ano muito difícil para a indústria de tecnologia, em especial, para o mercado de criptomoedas. Por essa razão, a Luna teve seu crescimento de números de receita afetados negativamente.
“Embora tenhamos antecipado uma desaceleração e planejado proativamente com um modelo de negócios e financiamento que pode ser resiliente a alguns desses fatores, a escala e a velocidade de tudo isso acontecendo, e tudo ao mesmo tempo, colocaram uma pressão significativa em nosso plano original”, disse Swanepoel.
O problema DCG
Como um dos principais players do mercado de criptomoedas, a falência da DCG pode ser outra bomba negativa para o preço do bitcoin e das altcoins. Sendo assim, Cameron Winklevoss, cofundador da Gemini, acredita que o grupo precisa mudar de liderança.
O empresário escreveu uma carta pedindo a remoção de Barry Silbert, CEO da Digital Currency Group, devido a sua insatisfação com a situação da exchange de criptomoedas Genesis. De acordo com Winklevoss, Silbert fraudou os usuários do programa de rendimento da plataforma de negociação cripto e que a DCG e a Genesis se envolveram em uma campanha de declarações falsas e deturpações.
Ele alega que o envio de mais de US$1 bilhão que a DCG alegou ter feito para a Genesis não passou de uma mentira para enganar os investidores de criptomoedas e que Silbert foi motivado pela ganância, causando falência de empresas. Winklevoss pede uma nova administração na DCG para resolver as questões dos credores.