A stablecoin Djed chegou ao mercado de criptomoedas em 2023 e trouxe muita alegria para os detentores da Cardano (ADA). O ativo estável é a grande expectativa de que a altcoin possa se tornar mais competitiva no setor das finanças descentralizadas (DeFi), cumprindo o papel de concorrente do Ethereum (ETH) na construção de uma base financeira mais justa e inclusiva.
As stablecoins têm crescido na indústria blockchain e desde 2020 têm recebido mais atenção. Nessa época, aconteceu a explosão do setor DeFi, o que fez com que os ativos estáveis ganhassem mais funcionalidades além de proteger os investidores das oscilações do Bitcoin (BTC) e das altcoins. As finanças descentralizadas trouxeram a opção de pessoas e empresas ganharem renda passiva ao ajudar protocolos a manter liquidez, sem que os investidores precisem ficar expostos ao mundo volátil.
Devido às características dos ativos estáveis, eles se tornaram a modalidade que mais contribuiu para o valor total bloqueado (TVL) do DeFi. Como o Ethereum é a principal rede de stablecoins, ele mantém sua liderança no TVL de forma confortável. Por isso, investidores da ADA estavam ansiosos para que a Cardano também tivesse acesso a essa classe de ativos, para que o valor da criptomoeda no DeFi possa disparar em uma nova corrida de touros.
Mas não é apenas isso.
De acordo com a Emurgo, uma das entidades fundadoras da Cardano, as stablecoins são a chave para o crescimento da criptomoeda. Assim, a fintech está animada para criar produtos e serviços com a altcoin na rede da Cardano lastreada em dólar americano, a USDA. A Emurgo acredita que, com o desenvolvimento de stablecoins, a Cardano será capaz de ajudar sua comunidade a ter mais serviços inclusivos, seguros e estáveis, atendendo às necessidades do ecossistema cripto como um todo.
Tipos de stablecoins na Cardano
O primeiro tipo da nossa lista são as stablecoins lastreadas em dinheiro fiduciário. Neste tipo, toda vez que um token lastreado em dólar americano é comprado, é necessário que US$1 seja depositado em uma reserva. Se esse passo for sempre realizado de forma correta, esses tokens se manterão estáveis.
Contudo, é importante destacar que esses ativos costumam ser criticados pela comunidade cripto devido à sua centralização e, às vezes, a falta de um sistema de auditoria eficiente e claro. Outro grau de segurança da stablecoin na rede da ADA e que a parceria da Emurgo, Anzens, fez uma colaboração com uma empresa de serviços financeiros regulamentada com sede nos EUA.
O segundo tipo de stablecoin são as algorítmicas supercolateralizadas, como a Djed. Elas não são apoiadas diretamente por dinheiro fiduciário, mas sim utilizam algoritmos para manter o preço de token estabelecido. Para garantir sua estabilidade, essas stablecoins precisam ter mais ativos que as respaldem do que os em circulação. No caso da Djed, ela mantém seu preço equilibrando sua oferta com a do token de reserva SHEN.
Stablecoins, tanto aquelas apoiadas por moedas fiduciárias quanto as algoríticas, estão ganhando terreno como solução para diversos fins, incluindo pagamentos, empréstimos, serviços financeiros alternativos e remessas. A Emurgo destaca que a aceitação de ativos estáveis pela Cardano aumenta sua atratividade para varejistas tradicionais, aplicativos descentralizados, exchanges descentralizadas e tesourarias corporativas.
Além disso, a Emurgo enfatiza que as stablecoins oferecem aos usuários da Cardano a tranquilidade de saberem que, ao obterem empréstimos através dos protocolos da plataforma, eles não enfrentarão liquidações e não sentirão os efeitos negativos do mercado cripto em caso de oscilações.
Nesse sentido, vemos que a grande aposta para os ativos estáveis na plataforma de contratos inteligentes é o desenvolvimento da Cardano nas finanças descentralizadas. Mas é importante que a comunidade da altcoin não conte apenas com isso. Desenvolvedores interessados na criptomoeda também são muito importantes, pois sem eles, a plataforma da ADA nunca será realmente intuitiva o suficiente para atrair capital.
