Nassim Nicholas Taleb, autor de best-sellers como “Black Swan”, continua firme em seu propósito de criticar o Bitcoin (BTC). O escritor, dessa vez, decidiu questionar a suposta vantagem do Bitcoin de ter uma quantidade limitada de 21 milhões de unidades que poderão estar em circulação.
O BTC foi criado para ser um dinheiro escasso. Sendo assim, não poderão ser emitidas mais unidades do que a quantidade mencionada da criptomoeda primária. Embora os entusiastas do Bitcoin enalteçam esse fator como algo de valor para a invenção de Satoshi Nakamoto, pois significa que a inflação da cripto é controlada, Taleb afirma que um fornecimento limitado não confere valor intrínseco ao ativo.
Em uma de suas postagens no X, ele escreveu que existem incontáveis coisas de oferta finita. Para reforçar essa afirmação, ele mencionou exemplos curiosos como “pedras de Skorpios, roupas íntimas usadas por Churchill e livros de propriedade de Cary Grant”.
Nesse sentido, o autor afirmou que é possível criar uma infinidade de itens eletrônicos, cada um com seu “fornecimento limitado”.
Além disso, o escritor ressaltou que “necessário” não é o mesmo que “suficiente”, indicando um mal-entendido sobre o valor do Bitcoin.
Apesar de Taleb estar certo ao afirmar que a escassez, por si só, não confere valor a um ativo, é preciso destacar que, quando combinada com a demanda, pode criar valor sim. E claro, a grandeza do Bitcoin não está ligada apenas à finitude da criptomoeda. O BTC oferece um método de pagamento descentralizado que não é controlado por nenhum governo ou entidade, algo útil principalmente em países onde as moedas locais são instáveis ou onde o acesso aos serviços bancários é limitado.
