Roni Cohen-Pavon, ex-diretor de receitas da agora inoperante Celsius Network, confessou uma série de acusações criminais nos Estados Unidos. Cohen-Pavon se pronunciou em uma audiência em Manhattan, destacando suspeitas de práticas duvidosas em alguns segmentos do setor cripto.
Dentre as acusações que Cohen-Pavon admitiu estar por trás, está a manipulação do preço do token CEL. Este reconhecimento ocorreu em uma audiência presidida pelo juiz distrital norte-americano John Koeltl. As outras acusações incluíam fraude de títulos mobiliários e fraude eletrônica.
O crescimento da indústria de empréstimos no mercado de criptomoedas, como a Celsius, foi exponencial, principalmente durante a pandemia do COVID-19. Prometendo taxas de juros atraentes e acesso simplificado a empréstimos, essas plataformas também procuraram maximizar os lucros ao ceder tokens a grandes investidores institucionais.
Contudo, com a queda nos preços das criptomoedas e retiradas maciças por parte dos clientes, a Celsius enfrentou um declínio acentuado, causando ondulações em toda a indústria. Este fenômeno, não se restringiu apenas à empresa falida. Diversas entidades do meio blockchain, incluindo a exchange FTX, também declararam falência, intensificando o olhar atento dos órgãos reguladores neste setor.
A cooperação de Cohen-Pavon é vista como um trunfo para a Procuradoria dos EUA em Manhattan e o FBI, uma vez que ele se comprometeu a testemunhar em futuros processos legais. Este compromisso surge após os promotores revelarem que o ex-CEO da Celsius, Alex Mashinsky, teria lucrado cerca de US$42 milhões com vendas questionáveis.
Apesar das alegações pendentes, Mashinsky mantém sua inocência e está atualmente livre sob uma fiança de US$40 milhões.
O promotor federal de Manhattan, Damian Williams, esclareceu que Cohen-Pavon teve permissão para sair do país graças a uma fiança de US$500 mil, que lhe permitiu viajar entre Nova York e Israel, seu país de origem.