Portais de notícias e análise financeira têm acompanhado de perto o recente movimento de Akshay Naheta, o ex-executivo de alto escalão da SoftBank, que agora está adentrando o mundo das criptomoedas. Enquanto a maioria dos novos players no mercado de stablecoins tem se concentrado em moedas estáveis atreladas ao dólar americano, Naheta está prestes a lançar um token apoiado pelo Dirham dos Emirados Árabes Unidos (EAU).
O especialista financeiro estabeleceu o DTR (Dirham Token Reserve) na zona franca financeira internacional do emirado. Para esse empreendimento, ele uniu forças com a DRAM Trust, uma entidade com sede em Hong Kong que possui conexões significativas com diversos indivíduos de alto patrimônio líquido.
O que torna este projeto particularmente interessante é a visão de Naheta sobre o mercado de stablecoins. Os analistas da Bernstein projetam que esse mercado expandirá mais de vinte vezes nos próximos cinco anos, atingindo a marca de US$2,8 trilhões.
As moedas DRAM têm um propósito claro: fornecer maior estabilidade para indivíduos em países com alta inflação, como Turquia, Egito e Paquistão. Além disso, a stablecoin dos Emirados Árabes Unidos está sendo vista como uma alternativa ao sistema SWIFT, facilitando transferências internacionais.
Em uma entrevista, Naheta afirmou:
“Nosso foco principal são os sem-bancarizados e aqueles com acesso limitado a serviços bancários nesses países. Se você deseja diversificar seu risco e usar uma moeda que seja complementar ao dólar, existe uma grande oportunidade para isso.”
Uma característica que merece destaque do DRAM é que ele estará disponível em exchanges descentralizadas, como Uniswap, Sushiswap e Pancakeswap. Naheta também revelou planos de colaboração com exchanges centralizadas no futuro.
A expectativa é que essa criptomoeda desperte um grande interesse nos Emirados Árabes Unidos, especialmente devido à substancial comunidade de expatriados no país e à sua proximidade com várias nações da África, Oriente Médio e Ásia, que enfrentam desafios relacionados a altas taxas de inflação.
Embora as notas dos Emirados Árabes ainda tenham uma presença modesta na economia global, elas ganharam reconhecimento como uma petromoeda mais relevante nos últimos tempos. Naheta compartilhou sua perspectiva otimista sobre os Emirados Árabes Unidos, dizendo:
“Estamos caminhando para um sistema financeiro completamente novo e reconfigurado, onde o Dirham terá um papel significativo. Estou extremamente otimista em relação aos Emirados Árabes Unidos. Eles são a nova Suíça – geopoliticamente neutros, um importante centro de transporte e um destino turístico em ascensão”.
