O Bitcoin (BTC) é, sem dúvida, o principal nome do mercado de criptomoedas. Apesar dos críticos, como Charles Hoskinson, que alegam que a invenção de Satoshi Nakamoto parou no tempo ou que precisa mudar seu modelo de consenso para continuar relevante, o BTC permanece como líder da indústria, sendo responsável por 48,7% de todo o capital investido no meio cripto.
Características intrínsecas da criptomoeda, como a flexibilidade, portabilidade e, principalmente, sua descentralização, fazem com que ela se mantenha líder. No entanto, Mike Belshe, presidente-executivo da BitGo, acredita que esse cenário pode mudar. O rosto por trás da empresa de custódia de criptomoedas alegou que, embora reconheça o status de destaque do Bitcoin, a trajetória ascendente das criptomoedas pode eventualmente levar a uma mudança no protagonismo do BTC como o principal ativo digital.
“Bitcoin é a melhor forma de dinheiro que já tivemos, mas isso não significa que será a melhor forma de dinheiro que já teremos”, afirma Belshe.
Para ilustrar seu ponto de vista, o executivo recorre a uma comparação interessante. Ele compara o BTC à gigante do comércio eletrônico, Amazon.
Apesar de ser possível imaginar a construção de uma versão “muito melhor” da Amazon, ele observa que superar o atual gigante do setor seria uma tarefa árdua. O tamanho da empresa e seu efeito de rede estabelecido a tornam uma presença formidável, difícil de superar.
Analogamente, Belshe sugere que o Bitcoin pode se encontrar em uma posição semelhante, onde o efeito de rede que o envolve pode manter seu valor de forma inabalável. Ele ressalta que substituir o BTC exigiria algo que não seja apenas marginalmente superior, mas substancialmente melhor.
“Terá que ser materialmente melhor para substituir o Bitcoin. E algum dia isso acontecerá”, pondera Belshe.
Mas há quem discorde dessa ideia
Ao falar com o Bolha Crypto, Gabriel Broetto, gerente comercial da Brasil Bitcoin, comentou que, embora existam vários projetos com tecnologias superiores em termos de velocidade e escalabilidade, o Bitcoin é a única criptomoeda verdadeiramente descentralizada e confiável do mercado cripto. Ele apontou que o fato de as pessoas conseguirem enxergar isso é o que torna o BTC especial.
“Durante a existência do Bitcoin, aconteceram quedas de grandes exchanges, uma pandemia e diversos problemas em vários criptoativos, e apesar de eventos como esses afetarem o preço no curto prazo, o Bitcoin sempre conseguiu se recuperar e, na minha opinião, jamais será superado em capitalização de mercado e sempre será o principal criptoativo”.
Conforme observado por Broetto, os principais desafios para uma cripto superar o Bitcoin são: confiabilidade e adoção.
“Confiabilidade, pois como a rede do Bitcoin está funcionando há mais de 10 anos sem problemas de segurança, é uma missão praticamente impossível outra cripto ter o nível de confiança que o Bitcoin possui hoje, já que todas as outras criptos possuem algum ponto de centralização, tornando o projeto mais suscetível a ataques e interferências”.
Broetto continua:
“Adoção, pois como o Bitcoin foi a primeira criptomoeda do mercado e, portanto, é a mais conhecida e utilizada, dificilmente outra cripto conseguirá alcançar tamanha relevância, pois, apesar de hoje existirem mais de 20.000 criptoativos, nenhum conseguiu chegar perto de superar o Bitcoin”.
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