Agentes federais conseguiram confiscar US$9 milhões em criptomoedas vinculadas a um grupo cibernético que explorou mais de 70 vítimas, conforme informou o Escritório do Procurador dos Estados Unidos para o Distrito Norte da Califórnia.
“A ação conjunta do Departamento de Justiça e do escritório da U.S. Secret Service em San Francisco identificou o USDT rastreando-o até endereços supostamente relacionados a um grupo que enganava suas vítimas por meio de esquemas de romance e confiança em criptomoedas”, declarou o Escritório do Procurador dos EUA.
De acordo com documentos judiciais, membros da organização cibernética convenciam suas vítimas a realizar depósitos em criptos, enganando-as ao afirmar que estavam investindo com exchanges respeitáveis. As vítimas descobriam posteriormente que essas empresas eram plataformas inexistentes.
“Esses golpistas se aproveitam de investidores comuns criando sites que afirmam que seus investimentos estão gerando lucro. A verdade é que esses criminosos internacionais estão simplesmente roubando criptomoedas e deixando as vítimas sem nada”, afirmou a Assistente Procuradora-Geral Nicole Argentier.
Agentes do Serviço Secreto descobriram que os fundos foram rapidamente lavados por dezenas de endereços de criptomoedas e trocados por diversas criptos, uma técnica de lavagem de dinheiro conhecida como “chain hopping”.
“Essas técnicas são usadas para ‘camuflar’ os lucros de atividades criminosas em novos ecossistemas de criptomoedas, tudo para obscurecer a natureza, origem, controle e propriedade desses lucros”.
O Procurador dos EUA Ismail Ramsey afirmou que seu escritório está colaborando ainda mais com agências parceiras para confiscar os ganhos ilícitos dos criminosos cibernéticos.
“O Vale do Silício permanece como um dos locais proeminentes do mundo para empresas de criptomoedas. Como tal, estamos dedicados a utilizar todas as ferramentas disponíveis para trazer justiça às vítimas de fraudes e golpes”, disse Ramsey.
Segundo o Escritório do Procurador dos EUA, a empresa Tether Limited Inc. colaborou na apreensão das criptomoedas do grupo de golpes cibernéticos.
