Sem dúvidas, uma das altcoins mais afetadas com a queda da FTX é a Solana (SOL). A concorrente do Ethereum (ETH) não passou por um colapso tão grande como o FTT, mas teve uma queda significativa.
A plataforma de contratos inteligentes voltou a ser negociada abaixo de US$18. Além disso, perdeu seu lugar no top 10 para a Polygon (MATIC) e ainda é negociada com uma capitalização inferior à concorrente Polkadot (DOT).
Apenas nas últimas 24 horas, o token SOL corrigiu mais de 30% e soma uma queda de 50% nos últimos cinco dias.
Mas o que a Solana tem a ver com a queda da FTX e da Alameda Research?
A história começa com Sam Bankman-Fried (SBF) adquirindo US$1.2 bilhão em tokens SOL através da Alameda. Afinal, SBF foi um dos maiores apoiadores da Solana.
Ademais, a empresa de trading teria sob sua posse uma quantia bilionária da criptomoeda e estaria vendendo suas participações na altcoin para segurar o preço do FTT.
Essa seria uma tentativa desesperada de salvar o token da FTX.
Qualquer semelhança com o colapso do ecossistema Terra (LUNA) em maio não é mera coincidência.
Para mais, a compra da FTX pela Binance pode favorecer o BNB e uma saída inteligente pode ser comprar o token da principal exchange do mercado cripto.
Baleias continuam abandonando a Solana
Segundo os dados on-chain, apenas uma baleia fez uma liquidação que inundou o mercado de SOL.
O jornalista Colin Wu disse que o grande investidor, que está em liquidação, possui a quantia em SOL equivalente a US$51 milhões.
Se o pânico com a Solana se estender como houve com o LUNA em maio, podemos esperar mais quedas ainda para a criptomoeda.
Mas nada é tão ruim que não possa piorar
Esse discurso serve como uma luva para a Solana. A época atual da altcoin irá mudar em algumas horas e os validadores irão desbloquear cerca de US$945 milhões em SOL.
O valor apontado corresponde a quantia de 49,6 milhões de tokens e representa 13% da oferta da altcoin.
Em suma, época é o número de slots (blocos) on-chain. Na rede Solana ela demora cerca de dois a três dias para ocorrer e se refere ao tempo que os validadores deixam suas moedas bloqueadas.