Cameron Winklevoss, cofundador da Gemini, anunciou que entrou com uma ação legal contra o Digital Currency Group (DCG) e seu chefe, Barry Silbert. A ação alega que o DCG e o empresário cometeram fraude contra os credores, além de não devolverem os fundos devidos. Essa notícia surge logo após Winklevoss ter proposto uma oferta final ao conglomerado para reembolsar mais de US$1 bilhão aos clientes da plataforma.
Em seu registro legal, Winklevoss explica que a Gemini considerou descontinuar o seu produto Earn em outubro de 2022. No entanto, foi persuadida por Silbert a mantê-lo, apesar das preocupações sobre a insolvência da Genesis.
Segundo o rosto por trás da exchange de criptomoedas, Silbert mentiu, mesmo diante das sérias defasagens nos balanços financeiros da Genesis. Os problemas da credora começaram quando a Three Arrows Capital (3AC) enfrentou uma crise em junho do ano passado, resultando em um déficit de US$1,2 bilhão. Em vez de admitir a situação, a empresa alegou que tudo estava sob controle, pois o DCG interveio para cobrir as perdas.
O cofundador da Gemini afirma que Silbert elaborou cuidadosamente essa falsa narrativa. Ele também revela que o DCG não sofreu perdas reais nem forneceu capital efetivo. Em segredo, a controladora da Genesis emitiu uma nota promissória fraudulenta de 10 anos para a credora, com uma taxa de juros artificialmente baixa de 1%, que representava apenas uma fração mínima de seu valor declarado de US$1.1 bilhão.
De acordo com Winklevoss, Silbert, DCG e Genesis colaboraram para fabricar relatórios financeiros enganosos, ocultando intencionalmente a verdade da Gemini e dos credores. Inclusive, um desses relatórios classificou falsamente a nota promissória fraudulenta de 10 anos como um “ativo circulante”. Esse tipo de manipulação é considerado uma mentira descarada e uma deturpação deliberada da situação, afirma o investidor americano.
