Na última quinta-feira (19), a credora cripto Genesis apresentou um pedido de proteção contra falência sob o Capítulo 11 no Tribunal Federal de Manhattan.
A Genesis se tornou a mais recente vítima das séries de falências causadas pelo colapso da exchange de criptomoedas FTX. Como resultado da queda do império de Sam Bankman-Fried (SBF), a credora começou a enfrentar severas retiradas e graves problemas de liquidez.
“Na próxima semana, apresentaremos um plano para o negócio de empréstimos. Estamos trabalhando incansavelmente para identificar as melhores soluções para o negócio de empréstimos, incluindo, entre outras coisas, a obtenção de nova liquidez”, informou o perfil da Genesis no Twitter na época, mas essa promessa nunca foi cumprida.
Com um valor de US$175 milhões presos na FTX, no mês passado, a Genesis foi forçada a suspender as retiradas, deixando seu principal cliente, a exchange cripto Gemini, em uma situação difícil.
O programa Gemini Earn, que permite aos usuários da plataforma ganhar juros sobre suas moedas emprestando-as através da Genesis, também teve que cessar o processamento de pedidos de resgate.
Contudo, é válido ressaltar que os problemas da Genesis começaram com a queda da Three Arrows Capital (3AC) no primeiro semestre de 2022.
E agora?
Essa notícia representa um grande revés para o Digital Currency Group (DCG), que recentemente vem enfrentando problemas.
Ao entrar com pedido de proteção contra falência sob o Capítulo 11, a credora propôs um plano de recuperação, algo que foi exposto por Paul Aronzon, diretor independente da Genesis.
“Desenvolvemos um processo cuidadoso e um plano através do qual acreditamos que podemos alcançar a melhor solução para nossos clientes e outras partes interessadas. Esperamos avançar em nossa comunicação com a DCG e nossos consultores de credores enquanto buscamos implementar um caminho para maximizar o valor e oferecer a melhor oportunidade para que nossos negócios estejam bem posicionados para o futuro”.
Essa é mais uma das frases que um representante da credora faz que muito se fala, mas nenhuma solução é, de fato, apresentada.
Atualmente, a Genesis possui cerca de US$150 milhões em caixa e acredita que essa liquidez permitiria suportar suas operações comerciais e facilitaria o processo de reestruturação.