A gigante tecnológica Alphabet, controladora do Google, não possui mais participação na principal operadora de aplicativos de negociação, a Robinhood Markets.
A relação entre a Alphabet e a Robinhood começou quando a empresa era apenas uma startup não listada. Na época, a plataforma de negociação estava atraindo investidores com suas negociações sem comissões e interface fácil de usar.
Antes do final de 2021, a gigante da tecnologia havia acumulado 4,9 milhões de ações da empresa. Além disso, em agosto do mesmo ano, quando a Robinhood atingiu um ponto alto com as ações chegando a US$85, a participação da Alphabet estava avaliada em aproximadamente US$419 milhões.
A decisão da Alphabet de vender todas as suas ações na Robinhood foi detalhada em um arquivamento junto à SEC dos Estados Unidos.
Vale ressaltar que a gigante da tecnologia vem se afastando gradualmente da Robinhood há algum tempo. Para exemplificar, há alguns meses, a empresa-mãe do Google reduziu sua participação na plataforma amigável às criptomoedas em quase 90%, deixando-a com apenas 612.214 ações.
De acordo com uma estimativa da Reuters, essas ações restantes valiam cerca de US$7 milhões até 13 de novembro, quando deixaram de existir.
Desafios da Robinhood para se manter de pé
A Robinhood tem enfrentado desafios desde o ano passado, devido às numerosas altas nas taxas de juros pelo Federal Reserve. Os clientes começaram a perder o interesse no aplicativo de negociação, levando a uma queda drástica em sua base de clientes.
Da mesma forma, o colapso da FTX impactou negativamente nas operações da Robinhood, assim como em todas as outras empresas que estavam associadas à agora extinta exchange de criptomoedas.
Na época, Sam Bankman-Fried (SBF) considerou uma aquisição completa, uma transação que não se concretizou devido aos desafios enfrentados pela FTX. Em uma tentativa de se desvincular do escândalo da plataforma cripto falida, o conselho de administração da Robinhood aprovou um plano para recomprar as 55 milhões de ações do ex-CEO da FTX, avaliadas em uma participação de 7,6%.
Além disso, no início de 2023, foi revelado que a empresa recebeu uma intimação da SEC em dezembro de 2022, relacionada a uma investigação sobre suas operações com criptomoedas, como listagem de tokens e custódia de criptos.