O Poder Judiciário de Santa Catarina bloqueou R$27,4 milhões de pessoas e empresas suspeitas de envolvimento em um esquema de pirâmide financeira envolvendo tokens não fungíveis (NFTs). A medida foi tomada para garantir o ressarcimento a milhares de vítimas.
A investigação apontou que os denunciados atraíam os clientes oferecendo rendimentos de até 20% ao mês. O esquema prometia investimentos que seriam realizados por intermédio da compra, locação e venda de NFTs.
O bloqueio de bens foi feito em ativos financeiros depositados no sistema bancário, propriedades, veículos e participações acionárias pertencentes a oito indivíduos e 14 entidades.
As empresas sob investigação compõem uma alegada teia de figuras físicas e jurídicas fictícias, criadas em datas próximas, em nome dos indivíduos alvos da investigação. Todas essas entidades oferecem serviços genéricos de investimento, muitas das quais compartilham o mesmo endereço de operação, sem qualquer colaborador associado.
As pessoas investigadas nessa operação estariam ligadas a uma empresa maior, com sede em Florianópolis. O esquema é analisado pela Operação Cripto X, realizada pela Polícia Civil e Ministério Público desde abril. Na época, foram apreendidos 15 carros de luxo e uma moto aquática, avaliados em mais de R$3,5 milhões, com um prejuízo das vítimas estimado em mais de R$19 milhões.
O Ministério Público solicita que a empresa e os indivíduos sob investigação reembolsem os clientes prejudicados, além de pagarem compensações por danos morais individuais e coletivos à sociedade.
O Ministério Público também ingressou com ação penal para responsabilizar os operadores da suposta pirâmide pela prática de crime contra a economia popular e organização criminosa.
