Na última quarta-feira, os legisladores norte-americanos Zach Nunn e Abigail Spanberger introduziram um projeto de lei com o objetivo de proibir funcionários do governo federal de realizar negócios com empresas de blockchain sediadas na China ou das redes que sustentam as plataformas de negociação de criptomoedas.
De acordo com os legisladores, o objetivo dessa legislação é garantir que os adversários estrangeiros do país não tenham uma porta dos fundos para acessar informações críticas de segurança nacional e informações privadas dos americanos.
“Na próxima década, todo americano terá dados sensíveis e privados armazenados usando a tecnologia blockchain, então o pesado investimento da China nessa infraestrutura representa um colossal problema de segurança nacional e privacidade de dados”, declarou Nunn.
Mais proibições
O projeto de lei também proíbe funcionários de realizarem transações com a Spartan Network, a Conflux Network e a Red Date Technology Co., a empresa responsável pelo projeto de blockchain nacional da China e sua moeda digital do banco central (CBDC), ou yuan digital.
Outro veto é o das transações entre funcionários do governo dos Estados Unidos e a iFinex, a empresa controladora da Tether, responsável pela emissão da stablecoin USDT.
Em resposta ao projeto de lei, a Red Date afirmou que a BSN Spartan Network era destinada à tecnologia tradicional de TI, não a criptomoedas. A empresa também convidou agências dos EUA a analisarem seu código-fonte para obter mais detalhes.
“A BSN Spartan Network é completamente de código aberto e damos as boas-vindas às agências dos EUA ou de qualquer governo para revisar o código-fonte e tirar suas próprias conclusões sobre a tecnologia. A Fundação BSN, sediada em Cingapura e com membros dos EUA, Europa e Ásia, governa a Spartan Network, que é completamente separada das Redes BSN na China continental”, afirmou a empresa em comunicado.
Além disso, a legislação orienta o Secretário do Tesouro, o Secretário de Estado e o Diretor de Inteligência Nacional dos EUA a desenvolver um plano para “prevenir os riscos apresentados pelo desenvolvimento de tecnologias de blockchain pela China e outros adversários estrangeiros”.