Se há um assunto que é tema recorrente no mercado de criptomoedas, é a ICO do Ethereum (ETH). A história envolvida em mistérios a cada mês ganha um novo capítulo, e dessa vez, o ex-desenvolvedor central, Lane Rettig, comentou sobre o assunto em um vídeo no X.
As denúncias de Rettig apontam para uma concentração alarmante de ETH nas mãos de um seleto grupo, potencialmente incluindo os fundadores e a cúpula da Ethereum Foundation.
No vídeo, Rettig afirma que 70% do ETH pré-minerado, ou seja, criado antes da ICO pública, foi distribuído imediatamente. Ele sugere que a maioria destes tokens foi parar nos bolsos dos fundadores, reacendendo o debate sobre as supostas atrocidades do ETH Gate, período nebuloso do nascimento da plataforma de contratos inteligentes.
As acusações não param por aí. Rettig alega que a distribuição concentrada o motivou a deixar a Ethereum Foundation.
“Não pude continuar enchendo os bolsos de Joe Lubin”, dispara, referindo-se a um dos cofundadores.
Mas quem se beneficiou dessa distribuição desigual?
Segundo Rettig, funcionários da fundação não tinham acesso a essa informação privilegiada. Ele aponta o dedo especificamente para Vitalik Buterin e Lubin, cujos endereços de carteira são públicos.
O que levanta ainda mais suspeitas é a revelação de que a distribuição teria sido limitada a um “punhado de pessoas”.
Em ICOs tradicionais, os tokens costumam se espalhar por uma base maior de investidores. Rettig especula que “uma ou duas pessoas compraram enormes fatias de ETH pré-minerado”.
As alegações de Rettig encontram ecos nas palavras de outro ex-insider, Steven Nerayoff. Em um post no X, ele afirma que o Ethereum “foi criado e operado para enriquecer um punhado de players que detêm a maior parte do ETH”.
Nerayoff acusa este grupo de cometer “a maior fraude da história”.