Sem dúvida, o bitcoin (BTC) é a grande estrela do top 10 ao ser negociado do lado dos touros. A criptomoeda primária registra uma alta de 11% nas últimas 24 horas, ultrapassando a marca de US$34.000 e aumentando sua dominância sobre as altcoins para 52%.
O grande impulso para esse crescimento é a expectativa da aprovação de um ETF de Bitcoin à vista nos Estados Unidos, e a BlackRock está liderando esse cenário. Não é à toa que Peter Schiff declarou que o BTC é um cassino e que a gestora de ativos é a casa que sempre ganha. Mas, para além dos devaneios do detrator da cripto que superou o ouro em retorno em 2023, o que está acontecendo exatamente?
A verdade é que a BlackRock deu um passo importante ao listar seu “iShares Bitcoin Trust” no site da Depository Trust and Clearing Corporation (DTCC), um gigante da infraestrutura do mercado financeiro.
Esse movimento marca a primeira vez que um ETF de BTC é listado na DTCC, que processa trilhões de dólares em transações de títulos diariamente. A empresa não fez comentários imediatos devido a “restrições de arquivamento“.
Um analista sênior da Bloomberg Intelligence, Eric Balchunas, observou que a inclusão do ETF na DTCC merece atenção, pois isso geralmente ocorre pouco antes do lançamento. Ou seja, esse cenário pode ser interpretado como um sinal de que a aprovação está próxima, contrariando previsões de que esse desfecho positivo viria apenas em 2024.
Mudanças nas propostas de ETFs
A BlackRock não é a única a mexer em sua proposta de ETF de Bitcoin. Outras empresas, como a Ark Invest e a 21Shares, também atualizaram seus arquivamentos em outubro. Com isso, os analistas da Bloomberg Intelligence destacaram adições importantes, como a garantia de que os ativos do trust não serão misturados com ativos corporativos ou de outros clientes. A CEO da Ark Invest, Cathie Wood, mencionou que essas atualizações foram resultado de diálogo com a SEC.
Não podemos deixar de mencionar outro nome importante que é o da Grayscale. A empresa tomou medidas para registrar ações de seu Bitcoin Trust (GBTC) sob o Securities Act de 1933, para transformar o trust em um ETF. Apesar de um revés em que a SEC rejeitou a conversão do GBTC no novo produto, mas aprovou fundos de futuros de Bitcoin, a gestora de ativos continua otimista e planeja cooperar com a comissão para avançar nesse processo o mais rápido possível.