O Newsis relatou que o Departamento de Investigação Cibernética da Agência de Polícia Metropolitana de Seul prendeu um total de 49 pessoas, incluindo os seis suspeitos de serem líderes de seis organizações distintas.
De acordo com a reportagem, o grupo foi acusado de fraude, com policiais suspeitando que eles estavam por trás de um site falso de investimento em criptomoedas.
O site em questão era usado principalmente para atrair investidores estrangeiros em locais como as Filipinas. A polícia acredita que o grupo atuou de setembro de 2020 até abril do ano passado e que conseguiu arrecadar mais de U$11,5 milhões de pelo menos 253 vítimas.
Os policiais pensam que os suspeitos visaram potenciais vítimas comprando dados pessoais vazados para a internet. É estimado que os golpistas tiveram acesso a 1,62 milhão de informações pessoais ilegalmente.
Segundo fontes policiais, o grupo também tentou atrair possíveis investidores para seu site “distribuindo aleatoriamente” mensagens promocionais para grupos de bate-papo relacionados a criptomoedas.
Como os ‘golpistas cripto’ sul-coreanos enganaram as vítimas?
A polícia afirma que o último esquema desses golpistas era altamente sofisticado e envolvia várias equipes de “funcionários” dedicados em cada uma das seis organizações. Alguns se apresentaram como investidores satisfeitos que vinham às salas de bate-papo para exibir a quantidade de dinheiro que haviam ganhado investindo no site.
Outros trabalharam como falsos funcionários da exchange de criptomoedas, prometendo inicialmente aos “investidores” que poderiam esperar obter retornos enormes sobre seus aportes.
Quando as vítimas fizeram pequenos investimentos na plataforma, foram recompensadas com retornos “saqueáveis” de x1.5. Isso ajudou os golpistas a construir a confiança. A exchange falsa então prometeu que investimentos maiores seriam recompensados com lucros de “x3 a x5”.
Se o fizessem conforme as instruções, as vítimas eram informadas de que não poderiam sacar seus fundos sem antes fazer mais depósitos ou pagar mais impostos e taxas.
Se as vítimas reclamassem, elas eram posteriormente contatadas por outra “equipe” que alegava que a pessoa lesada estava prestes a se tornar o alvo de uma investigação pelo Serviço de Supervisão Financeira regulatório.
Eventualmente, as vítimas eram expulsas à força das salas de bate-papo e impedidas de fazer login na exchange falsa.