Revolut, um banco digital que oferece suporte a criptomoedas, anunciou a retirada das altcoins Polygon (MATIC), Solana (SOL) e Cardano (ADA) de sua plataforma de negociação nos Estados Unidos. Como resultado, os investidores criptos que compraram esses tokens através da empresa precisarão vender suas participações até o dia 18 de setembro de 2023.
Caso os usuários da Revolut nos EUA não vendam suas participações em MATIC, SOL e ADA até a data mencionada, a empresa irá fazer isso em nome dos clientes, utilizando o preço de mercado vigente na venda. Posteriormente, os rendimentos serão depositados em dólares nas contas dos usuários da Revolut.
De acordo com o The Block, a justificativa para essa mudança está relacionada a alterações nas leis e regulamentos sobre criptomoedas nos Estados Unidos. Contrariando as comunidades da Polygon, Solana e Cardano, a SEC declarou que essas altcoins são um security. Nesse sentido, para que elas possam ser oferecidas como investimentos, deveriam ter sido cadastradas junto ao órgão regulador.
Essa decisão fez com que não apenas a Revolut, mas outras grandes empresas como Robinhood, eToro e Bakkt decidissem retirar MATIC, SOL e ADA de suas plataformas. Afinal, seguir as diretrizes da SEC é uma prioridade para essas grandes companhias, pois nenhuma delas deseja sofrer a mesma pressão que a Coinbase e a Binance estão enfrentando da comissão.
No entanto, tanto a empresa de CZ quanto a de Brian Armstrong não pretendem ceder à SEC. Inclusive, a Coinbase apresentou uma moção ao Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, solicitando a rejeição das acusações feitas pela agência com base na falta de mérito.
Conforme observado pelo documento apresentado pela exchange de criptomoedas, as acusações da SEC estão relacionadas a 12 tokens listados pela plataforma, os quais a comissão afirma serem valores mobiliários. No entanto, a equipe da empresa apontou um fato interessante: seis dos doze ativos digitais mencionados já estavam sendo negociados na Coinbase quando a SEC aprovou a abertura de capital em 2021.