A pressão regulatória sobre o mundo das criptomoedas ganha um novo capítulo à medida que a CFTC dos Estados Unidos intensifica seu foco nas plataformas das finanças descentralizadas (DeFi). Em um discurso proferido na Futures Industry Association em Chicago, o presidente da CFTC, Rostin Behnam, fez uma comparação entre o setor DeFi e “médicos não licenciados”.
Na busca por regulamentar o setor financeiro descentralizado, Behnam alertou sobre os riscos associados às plataformas DeFi não regulamentadas. O advogado destacou a importância da proteção dos investidores, a vigilância crítica do mercado e a segurança cibernética como pilares fundamentais que devem ser estabelecidos nesse universo.
A analogia usada pelo presidente da CFTC é intrigante. Ele perguntou:
“Considere se você confiaria seus cuidados de saúde a um médico não treinado ou não licenciado, se pudesse escolher?”
A mensagem por trás dessa comparação é clara: as plataformas DeFi não regulamentadas representam uma ameaça tanto para os investidores quanto para as plataformas regulamentadas pela CFTC.
Vale lembrar que, em setembro deste ano, a CFTC acusou três plataformas DeFi, Opyn, ZeroEx (protocolo 0x) e Deridex, de oferecer negociações ilegais de derivativos a investidores. Essa acusação resultou em uma investigação em curso contra essas plataformas.
A CFTC alegou que Opyn e Deridex ofereciam negociações ilegais de commodities alavancadas usando criptomoedas, não se registraram como investidores em comissões de futuros e violaram as proteções ao consumidor estabelecidas na Lei de Sigilo Bancário.
