Se o ano de 2023 no universo cripto foi marcado por incertezas e um inverno digital, a presidente da Ripple, Monica Long, acredita que 2024 pode ser o ano em que as criptomoedas finalmente entrem no mundo real.
Long prevê que 2024 será o ano de “escapar dos ciclos de hype”. O foco, segundo ela, migrará para a adoção concreta, resolvendo problemas de compatibilidade, usabilidade e integração com os sistemas financeiros existentes. A grande fronteira da inovação, afirma Long, será a busca pela interoperabilidade que permitirá o florescimento das finanças descentralizadas (DeFi).
Para a presidente da Ripple, este inverno cripto não é nada mais que uma estação fértil para empreendedores sérios tentarem resolver problemas reais, especialmente aqueles que acreditam na modernização da infraestrutura financeira global através da blockchain.
“É hora de construir pontes, não muros“, diz Long, enfatizando a necessidade de uma abordagem prioritária à conformidade regulatória para recuperar a confiança perdida por alguns incidentes do passado.
O pronunciamento de Long também destaca a crescente integração de gigantes financeiras tradicionais como Fidelity, BlackRock, PayPal e Visa com empresas do universo cripto. Para ela, a blockchain não substituirá os bancos, mas atuará como um complemento, trazendo benefícios tanto para investidores quanto para consumidores.
Long conclui que, embora as criptomoedas estejam próximas do ponto de inflexão para o reconhecimento mainstream, o momento decisivo para a adoção institucional ainda não chegou. Contudo, ela acredita que 2024 tem o potencial de ser esse ano, desde que o setor avance com uma mentalidade focada na conformidade e na construção de pontes para o mundo real.