O presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos, Jerome Powell, tem sido uma figura muito comentada no mercado de criptomoedas. Em geral, os comentários sobre o banqueiro são feitos por conta do aumento da taxa de juros nos EUA. Contudo, dessa vez ele chamou atenção na indústria blockchain por outra razão.
Durante uma audiência no Congresso, Powell expressou sua crença de que as criptomoedas estão se mostrando sustentáveis como uma classe de ativos nos Estados Unidos.
Quem também falou sobre o universo cripto foi o deputado Warren Davidson (R-Ohio). O político levantou preocupações sobre a viabilidade de longo prazo das criptomoedas na economia americana. Davidson destacou que o valor de mercado geral do bitcoin (BTC) e das altcoins gira em torno de US$1.1 trilhão e questionou Powell sobre o reconhecimento dessa viabilidade.
Em resposta, o advogado afirmou que as criptomoedas parecem ter algum “poder de permanência”, mas ele não deixou de ressaltar que a capitalização de mercado delas diminuiu no último ano.
Segundo a Nasdaq, o poder de permanência é a capacidade de um investidor permanecer no mercado sem vender sua posição quando o valor do investimento diminui. Sendo assim, o fato do presidente do Federal Reserve reconhecer que as criptomoedas têm essa classificação sugere que ele enxerga a capacidade delas de reter valor e permanecer relevantes a longo prazo.
Outro ponto levantado na audiência do Congresso foi a extrema volatilidade do mercado de criptomoedas. Na visão de Davidson, isso acontece porque não há muita incerteza regulatória nesse setor.
Sem dúvida, isso tem sido um grande empecilho para o avanço das criptomoedas nos Estados Unidos. Inclusive, plataformas criptos, como a Binance e a Coinbase, estão sendo perseguidas pela SEC. De acordo com a agência reguladora, essas empresas violaram as leis de valores mobiliários nos EUA.
Apesar dessas preocupações, Davidson demonstrou esperança de que o comitê possa contribuir para fornecer a clareza regulatória necessária aos participantes do mercado, incluindo o presidente da SEC, Gary Gensler.