Embora a rede Bitcoin (BTC) tenha apresentado altos valores em termos de taxa de hash e dificuldade, o preço do hash não acompanhou esse crescimento. A principal criptomoeda sente a pressão, com os mineradores sofrendo as principais consequências.
O preço do hash do Bitcoin, que pode ser interpretado como o rendimento por terahash conquistado pelos mineradores, atingiu um declínio sem precedentes, remontando ao dramático colapso da FTX em novembro de 2022.
Conforme dados apresentados pela Bitinforcharts, a receita proveniente da mineração do BTC caiu para US$0,058 por terahash por segundo diariamente, uma queda vertiginosa de mais de 50% desde o boom alavancado pelo Ordinal em maio, quando o valor ascendeu para US$0,118 por terahash por segundo diariamente.
A correlação positiva entre o preço do hash, ou seja, a receita do minerador, e as variações no preço do Bitcoin e no volume das taxas de transação é nítida. Isso significa que quanto maior o preço do BTC e/ou o volume das transações, maiores tendem a ser as recompensas monetárias por TH/s. Contudo, o preço do hash demonstra uma correlação negativa com os ajustes na taxa de hash/dificuldade de mineração.
Este declínio na receita dos mineradores chega logo após a rede atingir um pico histórico (ATH) de 55,62 trilhões de hashes, ao mesmo tempo que o preço do Bitcoin se mantém estagnado em torno de US$26.000. Segundo um representante da Bitfinex, os mineradores enxergam o atual preço do BTC como um indicativo de que a criptomoeda está desvalorizada.