Em novembro, uma onda de hacks e exploits em projetos Web3 resultou no roubo de quase US$350 milhões, distribuídos em 28 incidentes, conforme revelado pela empresa de segurança em blockchain, Peckshield.
Este mês tornou-se o segundo mais impactante em termos de ocorrências desse tipo no ano, ficando atrás apenas de setembro, quando foram subtraídos US$356 milhões. Comparado a outubro, o aumento é impressionante, passando de US$32,47 milhões para uma marca de quase dez vezes maior.
As perdas cumulativas de exploits em criptomoedas ao longo deste ano atingiram o valor de US$1,37 bilhão até o final de novembro.
Projetos de Justin Sun lideram as estatísticas
No decorrer do último mês, aproximadamente US$236 milhões foram ilicitamente transferidos de projetos associados a Justin Sun, incluindo Poloniex, HTX e Heco Bridge. Esses empreendimentos vinculados ao fundador da Tron (TRX) representam coletivamente quase 70% do total de fundos roubados em termos monetários durante esse período.
Em 10 de novembro, a exchange de criptomoedas Poloniex, adquirida pelo empresário em 2019, sofreu um hack de US$100 milhões, com os fundos roubados sendo usados para impulsionar o TRX.
Menos de duas semanas após o hack da Poloniex, Sun confirmou que HTX e Heco Bridge foram alvo de um ataque que resultou na perda dos fundos dos usuários. Na época, os projetos perderam mais de US$100 milhões.
Sun anunciou planos para recompensar os usuários e cobrir as perdas decorrentes dos exploits em suas plataformas.
Outros hacks
Outros projetos do meio cripto também foram alvos de exploits durante o mês. KyberSwap, por exemplo, teve cerca de US$55 milhões drenados, enquanto a empresa de trading de criptomoedas, Kronos Research, perdeu US$26 milhões devido ao acesso não autorizado às suas chaves de API.
Protocolos DeFi como dYdX, Raft e Onyx Protocol tiveram perdas cumulativas de cerca de US$25 milhões.
Enquanto isso, um único usuário perdeu US$27 milhões em USDT devido a um ataque de phishing.