O Quênia está se preparando para implementar um sistema de identificação digital que utilizará a varredura de íris e impressões digitais para autenticar a identidade dos cidadãos em transações financeiras.
Na segunda-feira, o Presidente William Ruto anunciou que o governo está realizando um piloto do novo sistema de identificação digital nos próximos dois meses, com planos de lançamento para toda a população em dezembro.
“O novo sistema de identidade digital, que tem sido um grande problema por um longo tempo, está em modo de testes pelos próximos dois meses. Fui assegurado por todas as partes interessadas e ministérios envolvidos que até dezembro poderemos lançar as identidades digitais”, afirmou Ruto.
Essa inovação, de acordo com o presidente, visa eliminar a necessidade de carregar documentos físicos, como cartões de identificação.
“Todo queniano não precisará carregar nenhum papel, plástico ou qualquer outra coisa como identificação. Eles deverão ser identificados digitalmente usando suas identidades ou impressões digitais, e assim poderemos realizar transações sem a necessidade de as pessoas terem dificuldade em se identificar”.
Essa identidade digital está sendo introduzida com o “Maisha Namba”. Inicialmente planejado para ser revelado em 2 de outubro pelo Ruto, o lançamento foi adiado para dezembro devido a “circunstâncias inevitáveis”, conforme comunicado pelo governo em 29 de setembro.
O Maisha Namba funcionará como um número de identificação pessoal único atribuído aos cidadãos quenianos no momento do registro, geralmente no nascimento. Este número se tornará a identificação pessoal vitalícia, desde o nascimento até a morte.
Além disso, para recém-nascidos, o Maisha Namba servirá como número de certidão de nascimento, facilitando o registro em instituições educacionais, no National Hospital Insurance Fund (NHIF) e na transição para um número de identificação oficial ao atingirem 18 anos.
Esse número também funcionará como o Número de Identificação Pessoal (PIN) para acessar vários serviços governamentais, incluindo o Kenya Revenue Authority (KRA), o National Social Security Fund (NSSF), o NHIF e o National Education Management Information System (NEMIS) ao longo de suas vidas.
O governo afirma que esse banco de dados central gerenciará informações de todos os cidadãos registrados, refugiados e estrangeiros, utilizando tecnologia biométrica de impressão digital, visando aprimorar a precisão e a confiabilidade dos dados.
