O esquema do autoproclamado rei da criptomoeda, Aiden Pleterski, foi criado para trazer fortuna ao jovem de 23 anos. No entanto, o que aconteceu foi mais um filme de terror em sua curta história de vida e das pessoas que confiaram em seu sistema.
Pleterski afirmava ser um guru em criptomoedas e se viu em uma situação complicada ao ser sequestrado e espancado por seus captores, que exigiram um resgate de US$3 milhões. Segundo detalhes divulgados pela CTV News Toronto, o rapaz recebeu um total de US$41,5 milhões de investidores. Contudo, ele investiu apenas US$670.000 do valor total.
O relatório de quase 750 páginas fornece informações abrangentes sobre o incidente de dezembro, no qual Pleterski foi supostamente sequestrado no centro de Toronto. O jovem teria sido mantido em cativeiro por três dias enquanto dirigia pelo sul de Ontário.
Além disso, o material descreve os desenvolvimentos mais recentes em uma longa investigação destinada a rastrear os milhões de dólares que foram investidos em criptomoedas e exchanges estrangeiras com Pleterski antes de seu pedido de falência.
Para onde foi o dinheiro?
De acordo com o relatório, Pleterski gastou aproximadamente US$16 milhões em férias, carros de luxo e jatos particulares. As perdas relatadas podem ser apenas uma representação parcial do valor real, pois excluem qualquer dinheiro ou criptomoeda recebido ou transferido por Pleterski. Sendo assim, a verdadeira extensão das perdas pode ser quase o dobro do valor declarado.
O advogado Norman Groot foi contratado por alguns investidores para buscar a restituição de seus investimentos através de ações civis. Ele suspeita que o valor de US$41,5 milhões pode ser apenas uma fração dos danos reais sofridos. Afinal, o material também revela duas propriedades em Ajax, Ontário e Burlington, que Pleterski supostamente comprou usando fundos de investidores.
Rob Stelzer, o administrador da falência nomeado no caso, afirmou que no início de dezembro, a polícia de Toronto o informou que Pleterski havia sido sequestrado. O pai do jovem declarou ao administrador que seu filho havia sido conduzido e submetido a tortura, e um dos indivíduos que Pleterski teve permissão para contatar durante seu cativeiro era seu senhorio.
Segundo o proprietário, durante o processo judicial, um resgate de US$3 milhões foi exigido. Depois de alguns dias, Pleterski foi solto, mas lhe disseram que precisava arranjar o dinheiro do resgate logo.
Stelzer acredita que pode haver outros indivíduos que foram vítimas da suposta fraude de Pleterski, mas ainda não apresentaram seus pedidos de indenização.