Em um trecho do novo livro “Going Infinite” do escritor financeiro Michael Lewis, é narrada uma história sobre como o CEO da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), lidou com a preocupação de que seus funcionários estivessem prestes a se tornarem incrivelmente ricos devido ao impressionante aumento no preço do SRM, a criptomoeda nativa da Serum.
No mercado de criptomoedas, a valorização rápida e substancial de ativos digitais não é incomum, e foi exatamente isso que aconteceu com o SRM em 2021. Muitos membros da FTX estavam no caminho para se tornarem multimilionários devido à sua detenção de tokens.
Porém, essa riqueza iminente trouxe consigo preocupações para SBF. O temor era que, com a valorização expressiva, seus funcionários poderiam não estar tão dispostos a continuar trabalhando incansavelmente nas operações da exchange de criptomoedas, considerando que agora eram, pelo menos no papel, multimilionários.
Foi nesse contexto que SBF tomou ações enérgicas para garantir que seus colaboradores permanecessem comprometidos com a plataforma cripto. Lewis detalhou como o ex-CEO da FTX implementou alterações nas regras relativas aos SRM, estendendo os períodos de bloqueio, o que obrigou seus funcionários a adiar a venda desses ativos.
As empresas de criptomoedas têm uma prática comum de recompensar seus funcionários com tokens, mas geralmente estão sujeitos a um cronograma de desbloqueio. Esse mecanismo visa a garantir que os membros da equipe permaneçam motivados e comprometidos com o sucesso do projeto a longo prazo.
No entanto, quando se trata de criptomoedas altamente líquidas, como o SRM, a necessidade de evitar uma venda massiva de tokens no mercado é considerada vital. Isso ocorre para evitar impactos negativos sobre o preço e a estabilidade desses ativos, bem como para manter a confiança dos investidores individuais.
