No dia 23 de novembro, um usuário de Bitcoin (BTC) realizou uma transferência de 139,42 BTC, resultando em uma taxa de transação de US$3,1 milhões. Este incidente marca a 8ª maior taxa na história de 14 anos da criptomoeda primária.
A transferência foi iniciada a partir da carteira de Bitcoin com o endereço bc1qn3d…wekrnl para bc1qyf…km36t4. No entanto, o remetente se viu pagando involuntariamente uma taxa exorbitante, chamando a atenção da pool de mineração Antpool, que verificou a transação no bloco 818087.
Logo após, as redes sociais foram inundadas com especulações, atribuindo a taxa astronômica à escolha do remetente, à política de node Replace-By-Fee (RBF) e à possível falta de consciência sobre as consequências.
O RBF permite a substituição de uma transação de criptomoeda não confirmada por uma taxa mais alta, acelerando seu processamento. Nesse sentido, o remetente pode ter escolhido uma taxa alta intencionalmente, mas tanto o RBF quanto a falta de consciência provavelmente foram fatores influentes na taxa astronômica.
Um desenvolvedor de mempool conhecido como Mononaut opinou sobre o ocorrido, sugerindo que o usuário pode não ter sabido que as ordens RBF são irrevogáveis. O remetente pode ter tentado cancelar a taxa substituindo-a várias vezes, sendo que a última substituição a elevou em 20%, adicionando 12,54824636 BTC em taxas.
Outro usuário chamado BitcoinBadger comentou, sugerindo que a taxa excessiva pode não ser apenas um descuido, mas um movimento deliberado para alocar fundos a um minerador ou pool de mineração específico.
Em setembro, outra transação que também chamou a atenção foi a da Paxos, que enviou acidentalmente US$500.000 em taxas por uma transferência de BTC no valor de US$2.000. No entanto, a F2pool, o minerador verificador, devolveu a taxa acidental.
Mononaut enfatizou que a probabilidade de a Antpool devolver os fundos depende de suas políticas de pagamento e obrigações de compartilhar taxas de transação com os mineradores, aumentando a expectativa pela resposta da pool de mineração.