Embora o preço do bitcoin (BTC) domine as manchetes e desperte a curiosidade de investidores novatos, existem métricas menos badaladas, mas importantes, que revelam a saúde e o potencial da rede. Hoje, vamos ver três delas: o tempo de permanência, a dificuldade da rede e o fluxo de moedas nas exchanges.
Hodlers: o exército da escassez
Com uma oferta máxima de 21 milhões de unidades, o Bitcoin é um ativo finito. Cada BTC em mãos significa um a menos no mercado, contribuindo para sua valorização. É aqui que entram os holders, endereços que não se desfazem de suas moedas por mais de um ano. Eles representam 69,23% de todos os endereços com a cripto, superando os Cruisers, vendedores esporádicos, e os traders, que realizam operações de curto prazo.
Mineração em alta
A dificuldade da rede Bitcoin, medida pela hashrate, determina a velocidade da produção de novas moedas. Quanto maior a hashrate, mais difícil e lento é “garimpar” Bitcoins, tornando a rede mais segura contra ataques cibernéticos. E as notícias são boas: a hashrate disparou de 368 milhões de TH/s em setembro para 493 milhões de TH/s hoje, um aumento de 33%!
Nesse sentido, mais mineradores estão entrando na rede, atraídos pela aproximação do próximo halving, evento que reduz pela metade a recompensa por bloco minerado. Com mais trabalhadores, a rede fica mais descentralizada e resistente.
Fuga das exchanges
As exchanges funcionam como portas de entrada e saída do mundo Bitcoin.
O netflow nessas plataformas revela a diferença entre o volume de moedas entrando e saindo. Um netflow positivo indica mais compras do que vendas, e vice-versa.
Atualmente, o netflow do BTC está negativo em US$62,57 milhões. Traduzindo: mais bitcoins estão deixando as exchanges para carteiras individuais, diminuindo a pressão vendedora e sinalizando otimismo em relação ao preço.