Conforme noticiado pelo Bolha Crypto, Daniel Shin, cofundador da Terraform Labs, compareceu ao tribunal para uma audiência na última sexta-feira (2). Nela seria determinado se o empresário iria para a prisão por conta de seu envolvimento com a empresa de Do Kwon. No entanto, o veredito não foi o que a comunidade de criptomoedas esperava.
O tribunal sul-coreano rejeitou os mandados de prisão contra Shin, e outros sete solicitados pelos promotores que investigam o colapso de maio de 2022. Segundo o juiz, não há prova de que os executivos e desenvolvedores tentaram destruir evidências ou fugir do país.
Contudo, Hong Jin-pyo, juiz-chefe encarregado dos mandados no Tribunal Distrital Sul de Seul, concordou com a natureza do crime de Shin relacionado à Terra.
“Considerando a atitude em relação à investigação, as circunstâncias, o processo e o conteúdo da declaração, é difícil perceber que há risco de destruição de provas ou fuga para além do exercício do direito de legítima defesa”.
Nesse sentido, o tribunal reconheceu a gravidade das denúncias, mas decidiu rejeitar os mandados de prisão daqueles que obtiveram lucros indevidos a pretexto de resguardar seus direitos de proteção.
Mercado de criptomoedas dividido
Do Kwon enxergou a sentença como uma vitória para a Terraform Labs. Já os investidores do Terra Classic mostraram um sentimento misto em relação à rejeição dos mandados de prisão.
De acordo com Kwon, as alegações dos promotores são baseadas em especulações e carecem de qualquer prova válida. Concordando com o rosto por trás da queda do Terra Classic está Cephii, membro da comunidade LUNC.
O desenvolvedor da Cosmos disse que esse foi um bom sinal. Todavia, essa decisão assombrou alguns investidores de criptomoedas. Afinal, ainda não houve nenhuma prisão relacionada aos executivos Terraform Labs.
Shin, ao lado de sua empresa Chai Corporation, está sendo acusado de ter informações pessoais de clientes e utilizá-las para lançar serviços de pagamento na Terraform Labs.
Além disso, os promotores acusam o Shin de violar a lei do mercado de capitais por práticas comerciais desleais. Isto porque o executivo teria armazenado a LUNA, atual LUNC, que foi pré-emitida sem notificar os investidores e reguladores.
Pouco tempo depois, Shin teria vendido esses tokens e ganhado cerca de US$106 milhões. Os promotores alegam que ele cometeu fraude ao embolsar lucros ilegítimos.