Durante a Korea Blockchain Week, Vitalik Buterin destacou o maior desafio que o Ethereum (ETH) enfrenta atualmente: a centralização dos nodes. Esse problema surge porque a maioria dos nodes da altcoin é hospedada em plataformas centralizadas de serviços web, como a Amazon.
Uma centralização intensa como essa pode representar um risco para o funcionamento da rede, questionando a promessa de um Ethereum totalmente descentralizado, algo que pode estar muito distante da realidade.
Mas qual seria a solução para esse problema?
Segundo Buterin, a resposta reside nos stateless clients que permitirão aos usuários do Ethereum operar um node sem a necessidade de centenas de gigabytes de dados, talvez até em um smartphone.
Um stateless client não precisa manter ou armazenar todo o estado da blockchain. Afinal, ele opera processando cada transação de forma independente e requer apenas a parte do estado relevante para cada transferência individual, reduzindo a quantidade de dados que cada node precisa armazenar.
No entanto, o programador alertou que uma solução completa para esse problema não será instantânea, podendo levar de uma a duas décadas.
Buterin também mencionou outros desafios que precisarão ser superados para promover a descentralização do Ethereum. Entre eles estão a redução das barreiras para o staking distribuído, o aperfeiçoamento da documentação e o fortalecimento da segurança do staking.
Além disso, o rosto por trás do Ethereum acredita que a altcoin necessita aumentar sua escalabilidade. Para isso, ele vê a resposta nos zero-knowledge (ZK) rollups.
Os ZK-Rollups agrupam várias transações off-chain em uma única transação on-chain. Assim sendo, em vez de registrar cada transferência individualmente na blockchain, é produzido um snapshot ou resumo de várias transações e apenas esse resumo é armazenado na rede principal.