Vitalik Buterin, fundador do Ethereum (ETH), delineou em um post no blog uma abordagem simplificada para as soluções de Layer 2 (L2). Além disso, ele introduziu duas propostas para fortalecer a segurança e a otimização de recursos nas bridges L1/L2.
O cenário de 2023 destaca três tipos de soluções de escalabilidade que dominam o ecossistema EVM: rollups, validiums e sistemas desconectados.
Enquanto os rollups armazenam dados na L1, os validiums recorrem a servidores ou outros sistemas isolados para esses fins. Rollups validam os dados através de provas de fraude ou zk-SNARKs, enquanto os validiums suportam apenas zk-SNARKs.
Buterin destacou a importância de dois fatores na escolha do design L2 a ser implementado. Em primeiro lugar, o custo da disponibilidade de dados nativos do Ethereum e, em seguida, as necessidades específicas da aplicação, ou seja, o interesse em maior velocidade ou segurança aprimorada.
Para manter a consistência do sistema L1/L2 em caso de reversão inesperada da mainnet ETH ou uma possível divisão em duas versões independentes, são essenciais dois modelos principais, conforme descritos por Buterin.
Uma concepção produtiva neste segmento é a chamada “validating bridge”, um mecanismo entre blockchains que comprova a validade de sua rede subjacente.
“Vamos transformar a bridge em uma ponte validadora: ela verifica não apenas o consenso, mas também uma ZK-SNARK de que o estado de qualquer novo bloco foi calculado corretamente”.
No entanto, a fragilidade do equilíbrio L1/L2 persiste até que algum tipo de dispositivo de governança no Ethereum seja capaz de tornar o contrato da bridge consciente de um eventual hard fork. Buterin salienta que não existe uma solução única para os L2s do ETH.
Todas essas adições à segurança e operacionalidade das soluções de escalabilidade do Ethereum vêm com seus próprios custos. Sendo assim, cada aplicativo descentralizado (dApp) deve encontrar a solução ideal com seus requisitos específicos em mente.
Para algumas aplicações, a alta segurança e a conectividade firme são de extrema importância. Enquanto para outros, uma abordagem mais flexível é aceitável em troca de oportunidades avançadas de escalabilidade. Contudo, para alguns sistemas, aprimorar a “conectividade” passo a passo nos próximos anos pode ser a solução ideal, conclui Buterin.
