Vitalik Buterin, o cofundador do Ethereum (ETH), foi flagrado realizando transações significativas com as altcoins memes DOBE e DOJO.
O que chama a atenção não é apenas o volume – estamos falando de 100 trilhões de DOBE trocados por meros 10 ETH, e 1,85 trilhões de DOJO por 3 ETH – mas o próprio tipo de criptomoeda. As memecoins raramente figuram em transações de grandes pesos do mercado.
Investigando mais a fundo, descobrimos que esses tokens foram enviados para o endereço de Buterin através de airdrops, uma espécie de distribuição gratuita de criptomoedas para atrair investidores.
Diante desse fato, é plausível supor que o envolvimento do rosto por trás do Ethereum com esses ativos tenha sido mínimo, ou até mesmo nulo. Afinal, quem conseguiria acompanhar a frenética criação de tokens no universo das criptomoedas?
Portanto, a venda desses ativos parece ser uma decisão pragmática, transformando uma espécie de “bagunça digital” em um ativo de maior valor e liquidez.
Essa atitude levanta, no entanto, uma questão interessante: até que ponto os airdrops são usados como estratégia de marketing para manipular o mercado?
Afinal, não é a primeira vez que figuras proeminentes recebem grandes quantidades de moedas gratuitas de projetos incipientes. O próprio Buterin foi alvo de um airdrop massivo de Shiba Inu (SHIB), que ele posteriormente doou para caridade.
Essa tática é baseada na lógica de que a posse de tokens por personalidades influentes, mesmo que não oficial, funciona como um endosso implícito, atraindo investidores de varejo.