No dia 10 de janeiro de 2024, o mercado de criptomoedas finalmente viu a aprovação do ETF spot de Bitcoin. Claro que não antes de muita luta e de a SEC dos Estados Unidos ter sua conta na rede social X invadida.
Só que quem estava esperando uma grande movimentação para cima no preço do BTC após a aprovação acabou se frustrando. Afinal, a criptomoeda primária corrigiu.
Investidores mais experientes podem argumentar que esses ETFs já estavam precificados e que agora devemos aguardar outro evento importante para o Bitcoin, o halving.
A redução da recompensa dos mineradores de BTC deve ocorrer já em abril deste ano e é a grande aposta para uma virada definitiva de ciclo de mercado.
Mas até abril chegar, algumas dúvidas surgem: como anda o gráfico mensal do bitcoin? O que esperar para o curto prazo? O halving já foi precificado? O bitcoin está muito longe de sua alta histórica?
Para responder a essas perguntas, vamos usar o vídeo compartilhado no YouTube pela analista, trader e CEO da ZeroUmCripto, Vanessa Oliveira.
Em primeiro lugar, Oliveira apontou que está confiante em uma correção para o BTC. Conforme observado pela analista, o bitcoin teve uma alta de quase 190% nos últimos 12 meses, e uma correção seria algo saudável.
No entanto, isso não quer dizer que o gráfico mensal está mostrando fortes correções. Inclusive, Oliveira abordou o fato de não estarmos tão longe assim do preço que foi o da alta histórica do BTC em 2021.
“No gráfico mensal, ele está demonstrando ainda um viés de alta, por incrível que pareça, mas uma coisa importante, galera, quem acha que o bitcoin está muito longe do topo histórico não está. Se você parar para ver a quantidade de valorização que o bitcoin precisa fazer para alcançar US$68.000, é de apenas 40%. Em um ano e um mês mais ou menos, o bitcoin saiu de US$16.000 e foi para quase US$49.000. Então não é algo impossível para o Bitcoin fazer”.
Para essa análise, a CEO da ZeroUmCripto se apoiou no halving do Bitcoin. Na visão da trader, o evento ainda não foi precificado.
“Então o halving não está precificado. Fique de olho, porque geralmente após uns 18 meses, um ano, é que acontece a alta explosiva do bitcoin, como nós vemos sempre de quatro em quatro anos acontecendo. Então fique de olho nas narrativas dizendo que o halving não vai dar certo, porque halving é matemática, a gente está falando de algoritmo, de blockchain”.
Contudo, Oliveira também alertou para o fato de que a história passada não se traduz em resultado futuro. Lembre-se que tudo no mercado pode mudar de uma hora para outra. Sendo assim, estude antes de investir em qualquer ativo.
Mas e no curto prazo? O que esperar para o BTC?
De acordo com Oliveira, no gráfico diário o bitcoin está buscando uma tentativa de recuperação, possivelmente fazendo um pullback aqui, ainda até os US$43.700.
“Pode ser que ele não tenha forças para subir e também existe a possibilidade de lateralização entre os US$40.000 até os US$48.000. A tendência do gráfico diário é de uma possível recuperação, mas a gente está, em um mês, de bastante volatilidade”.
Nesse sentido, a analista enxerga a possibilidade de uma correção para US$40.000.
“Caso isso aconteça, ele vai segurar um pouco, se ele não segurar os US$40.000, ele vai até os US$35.000, só que esse ponto aqui eu acho muito difícil de acontecer”.
O que esperar para as próximas semanas?
“Volatilidade, possivelmente aquele jogo de zigue-zague que o bitcoin faz de bater entre os US$40.000 e até os US$46.000 e ficar nessa região indo e voltando. É bom porque você consegue diminuir seu preço médio caso você tenha comprado nos US$49.000 ou US$48.000”.
No momento da escrita do artigo, o BTC é trocado de mãos a US$42.600.