Um estudo intitulado “Relatório Blockchain Africano 2022”, elaborado pela CV VC em parceria com o Standard Bank da África do Sul, trouxe à tona a adoção da Ripple e XRP em 13 nações do continente africano.
Embora a informação tenha sido divulgada em abril de 2023, passou despercebida pela comunidade XRP, que só recentemente voltou a atenção para a seção dedicada à tecnologia Ripple no relatório.
O documento realça a importância do papel da África no cenário de serviços de pagamento digital e evidencia o imenso potencial ainda inexplorado no continente. Segundo estimativas, até 2025, o mercado de pagamentos eletrônicos na região pode crescer 20% e atingir a marca de US$ 40 bilhões.
A despeito dos avanços recentes, muitos indivíduos e empresas africanas enfrentam dificuldades de acesso a serviços bancários, em razão das lacunas no sistema financeiro local. A crescente penetração de telefones celulares abre caminho para a adoção cripto como solução.
Atualmente, menos de 10% dos pagamentos na África são realizados digitalmente, e a adoção de remessas baseadas em blockchain e criptomoedas tem potencial para reduzir taxas em 6,3% na média geral e 8,46% na África subsaariana, em comparação aos métodos convencionais.
O relatório também apresenta um panorama dos países africanos onde a Ripple e o XRP já estão em operação, como Benin, Burkina Faso, Costa do Marfim, Egito, Gana, Quênia, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, África do Sul, Togo e Uganda.
A solução On-Demand Liquidity (ODL), desenvolvida pela Ripple e baseada em XRP, é destacada no documento como uma ferramenta que proporciona benefícios tanto para instituições financeiras quanto para indivíduos. Com a ODL, as organizações podem liquidar pagamentos internacionais em tempo real, a custos reduzidos, e sem comprometer o capital de giro em contas de destino.
O relatório também menciona a colaboração entre Ripple e MFS Africa, anunciada no início de 2023. A MFS Africa, sediada na África do Sul, utiliza a solução ODL da Ripple para desenvolver serviços de pagamento em conformidade com a norma ISO20022 e integrar trilhos de pagamento baseados em blockchain.