De acordo com os dados do MemPool Space, a Layer 2 de escalabilidade de pagamentos para o Bitcoin, a Lightning Network, está em um caminho não muito atraente. Afinal, cerca de 48% de todos os nodes da rede estão hospedados por provedores de serviços de nuvem centralizados, como a Amazon Web Services (AWS) e o Google Cloud.
Os números específicos mostram que 29% dos nodes da LN estão implantados na AWS, enquanto 19% estão hospedados no Google Cloud.
Embora o uso dessas soluções ofereça alta disponibilidade e confiabilidade, com tempo de atividade quase perfeito, isso também ressalta um desafio inerente à arquitetura da Lightning Network. Ao contrário da abordagem descentralizada da rede Bitcoin, que envolve mineradores operando em todo o mundo, a LN depende amplamente de algumas empresas centrais.
Um dos desafios é manter uma presença online constante para garantir a execução de transações através da Layer 2. Para que os contratos inteligentes funcionem e as transações sejam iniciadas, ambas as partes envolvidas devem estar online simultaneamente. Caso uma das partes não responda, existe o risco de perda dos fundos do canal.
Para evitar essa situação, muitos operadores de nodes optam por utilizar serviços de nuvem centralizados, como a AWS e o Google Cloud, pois essas plataformas garantem a disponibilidade e confiabilidade necessárias para manter os nodes online.
Uma empresa que tem se destacado nesse espaço é a Voltage, uma plataforma Lightning as a Service (LaaS). Em maio de 2023, ela firmou parceria com o Google Cloud para aumentar a escalabilidade da Lightning Network. No momento da escrita deste artigo, a empresa já integrou 87 nodes Bitcoin LN através do serviço de nuvem. No entanto, apesar dessa parceria, a maioria dos nodes da LN, cerca de 550, ainda são implantados na AWS, que começou a oferecer suporte à implantação da LN em 2022.
Além disso, a adoção da rede que traz uma maior escalabilidade para transferências de valores no Bitcoin é baixa, com uma capacidade coletiva atual de US$138.4 milhões em BTC. Nesse sentido, mesmo que a LN tenha permitido transações rápidas, mais unidades da criptomoeda primária estão sendo transferidas para a rede Ethereum (ETH) do que para a Lightning Network.
