Nos últimos trinta dias, a Méliuz (B3: CASH3) protagonizou uma impressionante escalada na Bolsa, com suas ações acumulando valorização de 155,3% e alcançando R$ 8,38 nesta quarta-feira (14). Esse é o maior patamar registrado desde maio de 2022. O principal fator por trás da alta foi a decisão da companhia de incorporar o Bitcoin como parte do seu caixa corporativo, sinalizando uma guinada estratégica ousada.
A movimentação ganhou visibilidade após o CEO da empresa, Israel Salmen, divulgar em suas redes sociais a importância dessa virada para o desempenho das ações. “Três anos. Esse é o tempo que faz desde a última vez que CASH3 fechou acima de R$ 8,23. O preço mudou. Mas a empresa mudou ainda mais. Agora temos um reator nuclear no nosso balanço chamado Bitcoin”, escreveu Salmen, celebrando o momento histórico para a Méliuz.
A aproximação com referências do mercado cripto também tem reforçado a nova estratégia da companhia. Salmen se encontrou recentemente com Michael Saylor, fundador da Strategy e um dos maiores defensores do Bitcoin como reserva de valor corporativa. A conversa reforçou o alinhamento com práticas de empresas que já adotam a criptomoeda como parte da sua estrutura financeira.
Nesta quarta-feira (14), a Méliuz deu mais um passo simbólico: passou a integrar como membro executivo a iniciativa “Bitcoin For Corporations”, um movimento global que visa impulsionar a adoção institucional do Bitcoin. A entrada nesse seleto grupo colocou uma empresa brasileira no radar internacional da chamada corrida pelo “ouro digital”.
Além das movimentações estratégicas, a empresa tem avançado internamente para consolidar essa transformação. Na semana passada, a Méliuz realizou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que contou com um quórum de 60,9% – o mais alto desde o IPO da companhia. De acordo com Salmen, quase a totalidade dos votos foi favorável à nova política baseada em criptoativos.
Apesar do apoio expressivo, a votação não alcançou os 66% necessários para aprovar formalmente a medida. Por isso, uma segunda AGE está agendada para esta quinta-feira (15), com novas expectativas. “Não há necessidade de quórum mínimo, apenas do voto de mais que 50% dos acionistas, o que já aconteceu. Mais um passo dado! Que seja o início de uma transformação no mercado de capitais brasileiro!”, declarou o CEO.
O reconhecimento da Bitcoin For Corporations, ao receber oficialmente a Méliuz, reforça o protagonismo da empresa nesse novo ciclo. Ao transformar o Bitcoin em uma peça-chave da sua estrutura financeira, a companhia não apenas impulsiona o valor de suas ações, como também reposiciona o Brasil no contexto da adoção institucional de criptomoedas.