Em uma recente conversa no “Squawk Box” da CNBC, Donald Trump, ex-chefe de Estado dos EUA, manifestou entusiasmo pelas criptomoedas, um setor que, segundo ele, contribuiu significativamente para seu patrimônio pessoal. Ele sugeriu que, se voltasse à presidência após as eleições de novembro, poderia ser um aliado dessa indústria.
Durante a entrevista, Trump mencionou que, dada a popularidade crescente dessas moedas digitais, ele hesita em desfazê-las agora. Sua experiência pessoal com a monetização de produtos licenciados, como cartões NFT que podem ser comprados com diferentes tipos de moedas digitais, foi destacada por ele como um exemplo de sucesso financeiro. “Isso me rendeu dinheiro e diversão,” ele disse, referindo-se às diversas criptomoedas, incluindo o Bitcoin, como “novas moedas malucas.”
Trump tem, até o momento, aproximadamente 8,7 milhões de dólares em ativos digitais, oriundos tanto de vendas de seus NFTs quanto de doações da comunidade que apoia essas moedas. Um destaque é a posse significativa da moeda MAGA, ligada a ele, que foi adquirida no último outono. Adicionalmente, ele retirou 2,4 milhões de dólares em ETH de sua carteira digital em dezembro.
O sucesso de uma linha limitada de tênis dourados temáticos, lançada recentemente, também foi assunto na conversa, evidenciando o papel das criptomoedas nessas transações. Trump mencionou a demanda fervorosa pelos tênis e o fato de que muitos foram comprados com moeda digital. Uma curiosidade é que um par de tênis modelo “Never Surrender High Top”, com preço inicial de 399 dólares, teria sido revendido por um valor surpreendente de 450.000 dólares, apesar de não haver confirmação dessa transação.
Esse conjunto de experiências mudou a visão de Trump sobre as criptomoedas, levando-o a vê-las como uma adição válida ao espectro monetário. Apesar de ainda valorizar a predominância do dólar, ele reconheceu o potencial dessas novas moedas.
Entretanto, Trump expressou preocupações sobre países que optam por adotar moedas digitais em detrimento do dólar. Ele argumentou que tal mudança poderia ameaçar seriamente o status global dos EUA, comparando a perda da hegemonia do dólar a uma derrota em guerra, ressaltando as consequências dramáticas para a nação.