Os investidores de criptomoedas estão de olho no assunto mais quente da semana: a resposta da SEC dos Estados Unidos em relação ao ETF spot de Bitcoin. Mas, em meio à euforia, a CEO do Custodia Bank, Caitlin Long, aponta um risco oculto que merece atenção dos investidores.
A preocupação de Long parte de uma inesperada “guerra de taxas” entre as empresas que solicitaram aprovação para seus ETFs. A BlackRock, por exemplo, anunciou uma taxa de administração de apenas 0,3%, seguida por concorrentes como VanEck (0,25%) e Bitwise (0,24%).
“Quando as taxas são menores que os custos, por favor, por favor, se pergunte como o gestor do ativo está ganhando dinheiro administrando o fundo. Com fundos sem taxas, a resposta geralmente é o empréstimo de títulos”, escreveu Long em um tweet.
Essa prática envolve a transferência temporária de ações ou títulos para um tomador de empréstimo, que fornece outros ativos como garantia e paga uma taxa de empréstimo ao credor. Ela é usada frequentemente em estratégias de venda a descoberto, hedge e arbitragem.
Long argumenta que o empréstimo de títulos em ETFs apresenta “riscos ocultos potenciais com pouca divulgação” para os investidores, como a forma como os rendimentos gerados pelo empréstimo são reinvestidos.
Muitos analistas esperam que a SEC aprove os pedidos dos ETFs até 10 de janeiro de 2024. Em resposta a Long, Hany Rashwan, CEO da 21.co (controladora da 21Shares), afirmou que sua empresa proíbe explicitamente o empréstimo de títulos em seu modelo de negócios.
Diferentemente de Long, o cofundador da CoinMetrics, Nic Carter, interpreta as taxas baixas como um sinal de que os patrocinadores dos ETFs esperam entradas massivas de capital em seus produtos.