No atual cenário regulatório, as perspectivas para a aprovação de ETFs baseados em Solana (SOL) nos Estados Unidos parecem extremamente desfavoráveis.
Eric Balchunas, analista sênior de ETFs da Bloomberg, expressou sua visão sombria sobre o futuro desses fundos, sugerindo que a chance de um ETF Solana ser aprovado em 2024 é praticamente nula, a menos que haja uma mudança significativa na liderança da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
Em uma postagem nas redes sociais nesta teça-feira (20), Balchunas observou que a SEC não reconheceu os formulários 19b-4 apresentados pela Chicago Board Options Exchange (Cboe) para ETFs Solana. Consequentemente, a Cboe optou por retirar esses formulários. Por outro lado, os formulários S-1 submetidos pelos emissores permanecem ativos.
Balchunas também destacou que, com a atual administração da SEC, as probabilidades de aprovação para 2024 e até mesmo 2025 são quase inexistentes. Ele mencionou que a única possibilidade real de mudança no cenário poderia ocorrer se Donald Trump vencer as próximas eleições presidenciais.
Apesar da retirada dos formulários 19b-4, a VanEck continua empenhada na aprovação de um ETF Solana spot. Em junho, a VanEck, juntamente com a 21Shares, submeteu pedidos para ETFs Solana à vista. Matthew Sigel, chefe de pesquisa de ativos digitais da VanEck, explicou que a empresa vê a SOL mais como uma commodity digital do que como um título.
Ele ressaltou que a natureza descentralizada de Solana, aliada à sua utilidade e papel econômico, a alinha com outras commodities digitais como o Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH). Sigel acredita que, devido a essas características, um ETF Solana à vista negociado nos EUA seria justificável.
Por outro lado, James Seyffart, analista de ETFs da Bloomberg, ressaltou que a SEC tem sustentado a posição de que a SOL é um título, o que contrasta com a classificação do Ethereum. Recentemente, a SEC apresentou uma emenda em seu processo contra a Binance para evitar que se tome uma decisão judicial sobre o status de segurança de tokens como Solana. Essa emenda busca prevenir uma determinação legal que possa clarificar a regulamentação desses ativos, mantendo seu status regulatório incerto.
Essa abordagem da SEC segue uma decisão judicial recente que determinou que as vendas secundárias de ativos digitais, como o token BNB da Binance, não são qualificáveis como títulos. A Binance, em resposta, optou por não iniciar o processo de descoberta até que a reclamação modificada da SEC seja revisada, criticando a atuação da agência como prematura.